A revista britânica The Economist destacou o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) na capa da edição desta semana, divulgada nesta quinta-feira (20/9). A publicação mostra o presidenciável como a “última ameaça da América Latina”, e afirma que um eventual governo pode ser desastroso para o Brasil.
Ela cita o retrato da política brasileira atual, ao mostrar os problemas da economia e das finanças públicas, assim como o alto índice de violência nas capitais federais. Com a chegada das eleições, no próximo mês, porém, isso poderia ser um “recomeço” para o Brasil, mas que, ao que tudo indica, o vitorioso seria Bolsonaro, “um populista de direita que corre o risco de tornar tudo pior”.
O texto também compara as propostas do candidato com o avanço do populismo nos Estados Unidos, com Donald Trump, na Itália, com Matteo Salvini e nas Filipinas, com Rodrigo Duterte. “O senhor Bolsonaro, cujo nome do meio é Messias, promete salvação. Mas na verdade, ele é uma ameaça ao Brasil e à América Latina”, diz.
Além disso, o artigo também cita as visões não liberais do candidato, assim como uma “admiração preocupante pela ditadura”. Ele cita o voto favorável de Bolsonaro no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, quando o candidato saudou um comandante militar, acusado de mais de 500 torturas e 40 assassinatos.
Até a publicação desta reportagem, o candidato, internado no Hospital Israelita Albert Einstein depois de levar uma facada, ainda não havia se manifestado sobre o caso.