Foi preciso cobranças de pênaltis para decidir quem se classificaria para as quartas de final no jogo entre Espanha e Rússia, no Estádio Luzhniki, em Moscou, neste domingo (1º). As duas primeiras cobranças de cada time resultaram em gols, mas a Espanha desperdiçou a terceira e a quinta cobranças, com Koke e Aspas respectivamente. Os erros eliminaram os espanhóis nas oitavas de final e fizeram a Rússia avançar para mais uma fase da Copa do Mundo. Após o pênalti perdido por Aspas, a torcida russa fez a festa nas arquibandas, enquanto os jogadores da casa se abraçavam no gramado.
Depois de um primeiro tempo de muita marcação e um segundo tempo de jogo concentrado no meio de campo, com eventuais jogadas de ataque, Rússia e Espanha precisaram da prorrogação para saberem quem passaria às quartas de final.
Empatadas por 1 a 1 no tempo normal, os primeiros 15 minutos da prorrogação foram marcados com uma Espanha ofensiva e a Rússia no contra-ataque. As jogadas espanholas sempre esbarravam na defesa russa. A bola voltava para os jogadores espanhóis que, mais uma vez, buscavam o ataque, mas eram neutralizados pelos zagueiros russos.
O primeiro tempo da prorrogação terminou com a Espanha no ataque e a Rússia se defendendo. No lance inicial do segundo tempo, a Espanha quase marcou com Cavarjal, numa jogada pelo fundo do campo, mas Akinfeev fez uma grande defesa.
Aos 12 minutos, a Espanha voltou a trabalhar a bola no meio de campo, procurando espaço para penetrar na defesa da Rússia. A prorrogação terminou com a equipe espanhola tentando fazer gol com Isco, que chutou a bola para a defesa do goleiro russo. Em seguida, o árbitro terminou a partida, que foi para a cobrança de pênaltis.
Início do jogo em Luzhniki
O jogo começou com a seleção espanhola no seu estilo de jogo de pressionar a saída de bola do time adversário. A maioria dos jogadores espanhóis permaneceu grande parte do primeiro tempo posicionada no campo russo. Apesar da posição mais ofensiva da Espanha, foram os russos que chegaram primeiro ao gol espanhol, com uma jogada de Golovin pela direita.
Com os jogadores todos atrás, a Rússia buscou sempre as jogadas de contra-ataque, com sucesso em algumas delas, mas o último passe era sempre interceptado pela defesa da Espanha. No entanto, aos 11 minutos, numa falta cobrada pela direita a bola bateu no zagueiro Ignashevich e entrou no gol de Akinfeev, fazendo 1 a 0 para a equipe espanhola.
O gol mudou um pouco o ritmo do jogo, com a Espanha tocando mais a bola no meio de campo, esperando uma brecha na defesa russa que, mesmo com um gol atrás, manteve o estilo defensivo. Com jogadas pontuais pelo lado direito, em lances feitos pelo brasileiro naturalizado russo, Mário Fernandes, a Rússia chegava a oferecer perigo ao goleiro De Gea.
Dos 20 aos 30 minutos do primeiro tempo, o panorama do jogo não mudou: Espanha tocando a bola no meio de campo e a Rússia esperando um erro para sair em contra-ataque, sempre pelo lado direito. A esta altura, os espanhóis pareciam acomodados com o resultado de 1 a 0 e pouco atacavam.
Aos 35 minutos, quase que a Rússia quase empatou com Golovin, numa jogada errada da defesa da Espanha pela esquerda do ataque russo. O meia avançou bateu colocado com perigo para o gol de De Gea. De tanto tentar, a seleção russa conseguiu um pênalti, aos 40 minutos, em um cruzamento na área a bola bateu no braço de Piqué. Dzyuba cobrou no canto esquerdo de De Gea e empatou a partida.
Com o empate, a Espanha abandonou o toque de bola no meio de campo e passou a atacar mais. Aos 46 minutos chegou a ter uma chance de fazer 2 a 1 com Diego Costa, mas a bola passou perigosamente na frente da meta defendida por Akinfeev. Logo depois o árbitro holandês Bjorn Kuipers apitou o fim do primeiro tempo.
Segundo tempo
A primeira jogada de ataque no segundo tempo foi da Espanha. O lateral esquerdo Jordi Alba quase marcou, mas a bola foi fraca para a defesa do goleiro Akinfeev. Claramente, a seleção espanhola adotou uma postura mais ofensiva em campo, na tentativa de fazer o segundo gol. A Rússia veio para o segundo tempo com uma mudança: o zagueiro Granat entrou no lugar de Zhirkov.
Passados dez minutos, com um forte esquema defensivo, com quatro zagueiros em campo, a Rússia esperava um erro da Espanha para buscar a virada. Os espanhóis trabalhavam a bola pelo lado de Alba, em triangulações com Isco e Davi Silva, na tentativa de romper o bloqueio russo.
Aos 15 minutos, a seleção russa faz a sua segunda mudança: entrou o meia Cheryshev no lugar do também meia Samedov. Aos 19, nova mudança na Rússia. O atacante Smolov entrou para a saída de Dzyuba, que havia empatado o jogo ao cobrar o pênalti. Logo depois, foi a vez de a Espanha fazer alteração no seu time: Iniesta entrou no lugar de Davi Silva.
Aos 23 minutos, a seleção espanhola continuou no ataque, mas sem encontrar espaços para ir até o gol. Com Iniesta em campo, as jogadas começaram a fluir pelo meio, porém esbarravam no forte esquema defensivo da equipe anfitriã. Em seguida, Fernando Hierro fez mais uma alteração: colocou o lateral Carvajal no lugar do zagueiro Nacho. As mudanças na Espanha pouco alteraram o ritmo do jogo, que continuava com jogadas eventuais de ataque organizadas por Iniesta.
A falta de movimentação de seus jogadores na frente da área da Rússia, fez Fernando Hierro, aos 34 minutos, tirar Diego Costa e colocar o atacante Aspas. E foi ele que quase marcou, após uma jogada de Iniesta pela esquerda. A bola chutada por Aspas passou perigosamente pelo canto esquerdo do goleiro da Rússia.
Aos 44 minutos, com uma série de escanteios, a Espanha tentou o desempate, mas as jogadas foram neutralizadas pelos defensores russos. O árbitro holandês deu quatro minutos de tempo adicional. As duas seleções buscavam, em jogadas esporádicas, o gol. Após mais uma tentativa de ataque do time espanhol, o árbitro holandês holandês Bjorn Kuipers apitou o fim de jogo, que foi para a prorrogação de 30 minutos. Agência Brasil