Um encontro entre gerações marcou o dia da campanha “Vamos Proteger Nossas Famílias” da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) em alusão à Semana Nacional de Mobilização da Rede de Assistência Social contra o mosquito Aedes aegypti, que está sendo realizada desde o dia 20 (segunda-feira), com encerramento previsto para esta sexta-feira (dia 24).
Desta vez, as atividades aconteceram no Centro Estadual de Convivência do Idoso (Ceci – rua Wilkens de Matos, s/nº, bairro Aparecida, zona sul), com a participação das equipes da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), usuários do Ceci e de estudantes das escolas estaduais Cônego Azevedo e Nossa Senhora Aparecida. Mais de 300 pessoas estiveram reunidas no combate ao mosquito pela Assistência Social.
Para conscientizar crianças, jovens, adultos e idosos, a FVS ministrou uma palestra sobre os cuidados que devem ser tomados, a fim de se evitar o surgimento de criadouros do Aedes aegypti. Na ocasião, também foram esclarecidas dúvidas quanto à origem do agente transmissor, locais e formas de reprodução, surgimento de vírus, vacinas e tratamentos.
Aprendizado – Com apenas 6 anos, a estudante Luci Costa, aprendeu que, além da água suja, o mosquito também se reproduz em água limpa. “O que eu aprendi vou contar para minha mãe, para não deixar mais água parada nos vasos”, comentou a criança.
Segundo o assessor estadual de combate da FVS, Togny Mael, é nos períodos de chuva que intensificam-se os trabalhos de combate. “Os ovos do Aedesaegypti podem sobreviver até 450 dias em ambiente seco e somente eclodir nesta época de muitas chuvas, então, precisamos combater os antigos e novos focos do agente transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya”, explicou Togny.
De acordo com dados da FVS, Manaus ainda concentra 21 bairros considerados áreas vermelhas de maior manifestação do mosquito, como Tarumã, Planalto, Dom Pedro, Raiz, Aleixo, Jorge Teixeira, Compensa, Alvorada, Cidade Nova, Redenção, Parque Dez de Novembro, Flores, entre outros.
Idosos no combate – Durante a mobilização, técnicos da Assistência Social e da Vigilância promoveram uma oficina de combate, demonstrando na prática como reconhecer em pneus, garrafas e em outros objetos que possam armazenar água parada, possíveis criadouros do inseto. Cerca de 30 idosos dos Grupos de Convivência, Futuro Melhor e Vivendo e Aprendendo, receberam a missão de divulgar as orientações e de fiscalizar a comunidade.
“Acreditamos que com esse envolvimento, atitudes simples resultarão em vidas salvas. Não podemos deixar esse ser tão pequeno, nos fazer tão mal”, afirmou Renata Eliziário, diretora do Centro do Idoso.
A música também fez parte do combate. Sob a regência do maestro e professor Paulo Afonso, o Coral de Idosos do Ceci relembrou canções famosas, como “Porto de Lenha”, “Água de Beber” e “Cantata para o rio Negro”.