Seduc não paga auxiliares de serviços gerais que atuam nas escolas públicas do Amazonas estão há três meses, diz deputado

Em sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta terça-feira, 27, o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) voltou a cobrar soluções da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) acerca do atraso no pagamento de salários de aproximadamente 900 auxiliares de serviços gerais terceirizados que atuam na rede pública estadual de ensino. O parlamentar, que já havia repercutido na tribuna a triste realidade dos profissionais na última semana, tenta buscar soluções junto à pasta no intuito de regularizar os vencimentos e benefícios dos funcionários contratados da Porto Serviços Profissionais, Construções e Manutenção LTDA, que presta o serviço de limpeza nas escolas do Estado.

Diante de um grupo de profissionais que ocuparam a galeria da Casa Legislativa, Wilker reiterou que a falta de repasse do Governo à empresa vem impactando na rotina dos funcionários, que alegam estarem há quase quatro meses sem receber salários e outros benefícios como vale-transporte e vale-alimentação.

“Infelizmente, a presença de vocês aqui novamente é a certeza que a empresa não pagou os seus profissionais. Como é que o Governo contrata e não paga? Estamos falando de uma empresa que cobre 297 escolas de toda a rede, se eles estão aqui cobrando os seus direitos, quem é que está limpando as escolas? Temos que colocar a empresa e o Governo à mesa, pois essa corda está arrebentando nas costas do mais humilde”, ponderou Barreto.

De acordo com o Portal da Transparência, a empresa Porto Seguros possuía dois contratos celebrados com a Seduc para os serviços de limpeza e conservação de 297 escolas. No entanto, ambos expiraram a vigência em 18 de agosto de 2023.

Para a auxiliar de serviços gerais, Suane Beltrão, a falta de salários vem impondo grandes dificuldades no dia-a-dia dos trabalhadores.

“A nossa realidade hoje é essa, luz sendo cortada, sem gás, pais com filho doente sem poder comprar o remédio, sem auxílio algum. Queremos realmente uma posição dessa empresa, do Governador.  A gente não pode mais viver assim, já é ruim ficar um mês sem receber, imagina três, quatro meses sem receber, cinco meses sem alimentação. Não somos melhores que ninguém, mas se a gente trabalhou, é nosso direito receber”, explana a auxiliar de serviços gerais.

Após cobrar soluções, Wilker usou a tribuna para anunciar que, em conversa com a liderança do Governo na Assembleia Legislativa, a Seduc está aguardando a documento da empresa Porto para regularizar os pagamentos.

“Falei agora pouco com a liderança do Governo, que me reportou que a Seduc está esperando a apresentação dos documentos da empresa para providenciar os devidos pagamentos. Mesmo assim, irei insistir na possibilidade da reunião com a secretária de educação. Irei manter vocês informados, pois isso é desumano, famílias sofrendo porque pais e mães trabalharam e não receberam”, finalizou Wilker.

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