247 – O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio “fez o seu papel” ao barrar o pedido feito pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, para que as investigações sobre movimentações financeiras suspeitas feitas por ele ficassem na Corte, em função dele ter foro privilegiado.
“A Justiça faz o seu papel, né? Segue o baile”, disse. “Não sou advogado, não sou jurista, né? Acho que foi o ministro Marco Aurélio que tomou a decisão e deve ter tomado aquilo que é o mais coerente e correto”, completou Mourão.
Em sua decisão, tomada nesta sexta-feira (1), Marco Aurélio determinou o arquivamento feito pelos advogados de Flávio Bolsonaro sem que ele fosse julgado, o que possibilita que as investigações sejam continuadas pela primeira instância da Justiça do Rio de Janeiro.
A investigação foi iniciada a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou que o ex-assessor do parlamentar teria movimentado de forma atípica cerca de R$ 7 milhões em apenas três anos. A movimentação financeira teria acontecido no mesmo período em que Flávio era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
