Senado chama Aras para explicar o que tem feito sobre indiciamentos

Diante do silêncio do procurador-geral da República, Augusto Aras, após quase um mês de ter recebido o relatório final da CPI do Genocídio, a Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) aprovou um convite para que ele explique as providências que está tomando, se é que está, a respeito dos indiciamentos propostos pela comissão.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, usou as redes sociais para anunciar a aprovação da medida.

“Acabamos de aprovar requerimento para que o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, compareça à CDH do Senado para prestar esclarecimentos sobre o andamento das providências adotadas sobre os indiciamentos e levantamentos indicados no relatório da CPI da Pandemia”, postou Randolfe.

O relatório final da comissão, aprovado em 26 de outubro, pede o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. Um dos alvos é Jair Bolsonaro. O colegiado solicitou o indiciamento do presidente por nove crimes, que foram cometidos ao longo da pandemia do coronavírus.

O documento foi encaminhado ao Ministério Público (MP), órgão responsável por abrir os indiciamentos ou arquivar os pedidos. A PGR afirmou que teve acesso aos documentos da CPI, que embasaram o relatório, no dia 9 de novembro, segundo o G1.

A comissão também pediu o indiciamento de outras autoridades, como ministros, ex-ministros, três filhos de Bolsonaro, deputados federais, médicos, empresários e um governador, Wilson Lima (PSC), do Amazonas.

A Precisa Medicamentos e a VTCLog, empresas que firmaram contratos com o Ministério da Saúde, também estão na mira da CPI.

 

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