O deputado Serafim Corrêa (PSB) repudiou as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às medidas adotadas pelos governadores para combater a proliferação do Covid-19. Bolsonaro repetiu em rede nacional, nessa terça-feira, 24, que as medidas de prevenção contra o novo coronavírus se tratam de “histeria” e fez ataques à imprensa.
“Acho que o Bolsonaro é um irresponsável que não está à altura do cargo que exerce. No momento em que é preciso seguir a orientação sanitária partida dos cientistas, médicos, partida, inclusive, do seu próprio ministro da Saúde, que é um homem competente e preparado. Não entendo como ele não entregou o cargo. Talvez pelo seu alto espírito de brasilidade. Se o ministro deixasse o cargo, talvez fosse colocado um maluco igual ao presidente e tudo ficaria pior”, disse Serafim.
O deputado declarou ainda que o presidente jogou os governadores e prefeitos contra a população.
“Aquilo que ele fez foi um absurdo. Ele jogou contra o povo, contra a saúde. Ele jogou os governadores e os prefeitos contra a população, porque as medidas que os governadores de modo geral e os prefeitos adotaram não são medidas simpáticas, mas são necessárias para combater essa pandemia que assusta o mundo inteiro”, afirmou o deputado.
O líder do PSB na Casa ainda afirmou lamentar a irresponsabilidade do presidente.
“Ele fala que a doença só atinge os mais velhos, como se ele não tivesse 65 anos. Eu olho para a população como um todo, principalmente para a mais carente que não tem água, rede de esgoto, condição sanitária para enfrentar uma doença terrível como é o coronavírus”, disse o deputado.
PSB diz que manifestação do presidente é uma ameaça à crise sanitária
O presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, enviou uma nota dizendo que a manifestação do presidente é uma ameaça à crise sanitária e a profunda crise política-institucional.
“O país e suas instituições assistiram na noite de ontem, perplexos, manifestações do senhor presidente da República acerca da pandemia causada pelo coronavírus. Sobressai de forma inequívoca, no discurso presidencial, a mais brutal indiferença pelos brasileiros mais vulneráveis à infecção, entre os quais se incluem idosos, acometidos por doenças crônicas cardíacas e pulmonares e diabéticas”, diz trecho da nota.
A nota, na íntegra, pode ser lida em anexo a este material.