O deputado Serafim Corrêa (PSB) solicitou ao governo do estado, juntamente com outros parlamentares, nesta terça-feira,14, a contratação do Hospital Beneficente Portuguesa com pagamento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para desafogar o atendimento nos demais hospitais públicos de Manaus.
A proposta, segundo o parlamentar, foi formatada por ele, ano passado, com os deputados Therezinha, Adjuto Afonso e Abdala Fraxe sem qualquer receptividade da Secretária de Saúde (Suam).” Senti uma certa má vontade de parte da Susam, uma resistência muito grande em contratar o Beneficente Portuguesa pagando a tabela SUS. Assim como também vi de parte da Susam muita má vontade em relação do hospital HUGV [Hospital Universitário Getúlio Vargas]”, disse.
Serafim Corrêa lembrou que, de acordo com a lei, o Sistema Único de Saúde usa primeiro todas as instalações de saúde federais, estaduais e municipais. Depois usa as filantrópicas, como a Beneficente e, por último, a medicina privada, complementarmente.
Para ele, as Organizações Sociais não são a solução para o gargalo na saúde pública e deu como exemplo a situação do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, entregue a IBRAPP, que faz três apenas cirurgias por dia .
“Vi claramente a intervenção do governo federal, através do Ministério da Saúde, que não conversou com o governo estadual. Conversou com o Conselho Federal de Enfermagem, com o Conselho Federal de Medicina e deram a decisão de transformar o Delphina Aziz num centro referência de tratamento do novo coronavírus sem falar com o governo do estado, que soube da decisão na mesma hora que nós estávamos sabendo”, lembrou.
Serafim ainda comentou a publicação no Diário Oficial no dia 2 de abril, que qualifica a OS do Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (IBRAPP), sem fins lucrativos, em São Luiz do Maranhão, para firmar contrato de gestão setorial, junto ao estado, para administrar o Hospital 28 de Agosto.
“Aquilo que está ruim pode ficar pior. Esse caminho não é o melhor. Isso não deu certo em lugar nenhum, inclusive aqui”, alertou o deputado.
O deputado também comemorou o início do pagamento às cooperativas médicas por parte do governo do estado.
“Finalmente as empresas médicas vão ser pagas. Isso deveria ter sido feito em janeiro do ano passado, porque a instabilidade que se ficou de lá até aqui é muito grande. As empresas que trabalham com renais crônicos não têm mais fôlego”, concluiu.