Sérgio Marone ficou pistola em sua conta no Twitter após ver que Mário Frias, através da secretaria especial de Cultura, teria liberado uma verba de R$ 4,639 milhões para um projeto chamado “Casinha Games”.
“Isso, deixa um monte de ex-colegas seus passando fome. Entendo seu amargor por não ter seguido na carreira artística, mas entenda… Não fosse seus olhos azuis, jamais teria tido uma oportunidade na TV”, alfinetou o ator e apresentador que acabou de ser premiado no Festival de Gramado com o filme “Jesus Kid”, o primeiro que dirigiu.
O diretor ainda questionou sobre a ligação do projeto com o quarto filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jair Renan. “Mário Frias, e os 4 milhões na casinha do Renanzinho? Absurdo também? Explica?”, questionou.
Segundo informações da “Revista Fórum”, o valor destinado ao projeto é quase todo o montante investido pela pasta em 2020, que abarcou várias áreas da cultura e não só a gammer. O texto ainda lembra que o projeto poderia ter supostamente lobby de Jair Renan, que mantém uma empresa de influência digital e games em Brasília.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT/SP), enviou um requerimento de informação ao Ministério do Turismo, onde a secretaria está lotada, solicitando explicações após uma reportagem de Jotabê Medeiros na coluna “Farofafá”. “Não há registro de uma instituição chamada Casinha Games. Não há empresa com tal nome e não se tem notícia de um programa dos entes federativos (que o FNC também atende) com tal denominação. Poderia ser uma rubrica informal com esse fim, mas o fato é que contraria tudo que se concebe como transparência”, pontua o profissional.
Sergio se esquentou enquanto repostava um tuíte do ex-colega que festejava o entrave de uma Lei de apoio à cultura. “Quero agradecer ao senador Fernando Bezerra (MDB/PE), líder do Governo no Senado, por ter retirado de pauta o Projeto de Lei Paulo Gustavo. Este projeto é completamente absurdo!”, escreveu o secretário especial.
O projeto de Lei Paulo Gustavo pretende injetar cerca de R$ 4 bilhões de reais nos estados para que eles financiem projetos culturais das diversas áreas. A ideia é fomentar a cultura e mais de 6 mil trabalhadores que desde o início da pandemia de covid-19 vivem uma crise sem precedentes.