Sobe para seis o número de mortos durante temporal no Rio

Temporal causa danos na cidade do Rio de Janeiro. Na avenida Niemeyer, que liga os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul, deslizamento atingiu um ônibus, que acabou tombando sobre a ciclovia na encosta da pista.

Agência Brasil – Os bombeiros que trabalham nas ferragens do ônibus da viação Jabour, no Rio, localizaram mais um corpo soterrado no interior do coletivo. O veículo trafegava pela Avenida Niemeyer, em São Conrado, na manhã de hoje (7), quando foi atingido por uma árvore que desabou e um deslizamento de terra

Com a localização da segunda vítima no ônibus, subiu para seis o número de mortos em consequência da forte chuva que atingiu a cidade na noite de ontem.

Uma mulher que viajava no ônibus também foi atingida e morreu. O motorista sofreu ferimentos e foi levado para o hospital em estado de choque. Com o impacto do deslizamento de terra, o ônibus foi jogado contra a mureta da avenida, invadiu a ciclovia Tim Maia, com risco de cair no mar.

Duas retroescavadeiras estão sendo usadas nos trabalhos. Os bombeiros tentam retirar a árvore que caiu em cima do ônibus.

Durante o temporal, os ventos alcançaram até 110 km/h, de acordo com a Prefeitura do Rio de janeiro, ventos de 116 km/h são os mais baixos de um furacão.

O prefeito Marcelo Crivella esteve no local e decretou luto oficial de três dias. Segundo Crivella, o problema maior durante o temporal ocorreu na Avenida Niemeyer, que deve ficar interditada até amanhã. “Vamos ver a profundidade do solo, todos sabem que existe aqui uma rocha sã (rocha remanescente de superfície aplainada), com pouca profundidade e com solo de cobertura, que por ser fixo, retém água”, disse.

“Se essas árvores forem antigas, se forem frondosas e se o solo for raso, aí, sim, eu acho que vale a pena remover as árvores e plantar em outros lugares”.

Seis mortes

Além das duas vítimas na Niemeyer, duas pessoas de uma mesma família morreram em consequência do desabamento de uma casa em Pedra de Guaratiba, Isabel e Mauro Paes, mãe e filho. O marido de Isabel, Áureo Paes e o filho Arthur ficaram feridos e foram levados para o Hospital Lourenço Jorge.

Na Favela da Rocinha foi registrada mais uma morte em consequência de desabamento de uma barreira. No Vidigal, uma pessoa morreu atingida por um muro que desabou. As favelas ficam em São Conrado, na zona sul da cidade, uma das áreas mais atingida pelo temporal de ontem.

Trânsito

Segundo a prefeitura, 170 árvores e seis postes foram derrubados pela forte ventania. A Defesa Civil recebeu 206 chamados, a maioria deles em bairros da zona oeste (Barra da Tijuca, Guaratiba e São Conrado).

Até o início da tarde de hoje, a cidade tinha pelo menos cinco vias importantes interditadas, além da Niemeyer, por bolsões d’água ou por quedas de árvores.

Para tentar minimizar os impactos causados pela chuva no trânsito da cidade, a Guarda Municipal do Rio atua com 1.188 guardas municipais em diversas ações de trânsito e de apoio aos órgãos públicos.

Além dos pontos fixos de operação de trânsito, cruzamentos e implantação das faixas reversíveis, agentes do Grupamento Especial de Trânsito (GET) foram deslocados para os pontos mais críticos onde ocorreram alagamentos, bolsões d’água, quedas de árvores ou tiveram semáforos apagados ou intermitentes devido à falta de luz, principalmente nas zonas Sul e Oeste, áreas mais afetadas.

As equipes atuaram no balizamento e no desvio do tráfego nos locais atingidos, em contato com o Centro de Operações e a CET-Rio.

Os agentes auxiliaram ainda na desobstrução das vias bloqueadas por quedas de árvores e transportaram cidadãos presos devido ao alagamento, como o que se formou na Rua Jardim Botânico, na Zona Sul, e também nos bairros de Ipanema, Leblon e Gávea, todos na zona sul da cidade.

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