No Brasil, cerca de 68,8 mil novos casos de câncer de próstata surgem a cada ano, dos quais 10% são diagnosticados em estágio avançado, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indicam também que 51% dos homens nunca consultaram um urologista.
O coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Lucas Nogueira, disse à Agência Brasil que de cinco anos para cá houve progressos no tratamento da fase de câncer de próstata mais avançado que, em geral, leva o paciente à morte. “Não havia droga efetiva que prolongasse a vida do paciente. De cinco anos para cá, a gente tem uma gama gigante de tratamentos nessa área, com novas medicações, inclusive orais”.
Como a questão do tratamento está em discussão em todo o mundo no momento, a SBU e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) decidiram unificar as diretrizes sobre como orientar os médicos no melhor caminho a ser seguido, em benefício dos pacientes. “As duas especialidades juntas têm que falar a mesma língua para beneficiar os pacientes”, disse.
Com esse objetivo, as entidades submeteram à análise de oito oncologistas, oito urologistas e dois médicos nucleares 40 questões relevantes sobre o tema. Isso foi feito durante o 35º Congresso Brasileiro de Urologia, encerrado hoje na capital fluminense. O resultado foi o 1º Consenso Brasileiro de Tratamento do Câncer de Próstata Avançado divulgado nesta quarta-feira pela SBU e pela SBOC.