STF censura revista e determina que reportagem que citava Toffolli seja excluída

247 – A revista digital Crusoé afirma ter intimada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar do ar uma reportagem que afirmava que o presidente da Corte, Dias Toffoli, havia sido citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato.

De acordo com a revista, a determinação foi dada na manhã desta segunda-feira (15) pelo ministro Alexandre de Moraes, que pede a suspensão imediata da matéria, que foi ao ar na última sexta. Outros veículos também receberam a mesma determinação.

A revista disse também que Moraes determinou ainda que a Polícia Federal (PF) intime os responsáveis pelo material a prestar esclarecimentos no prazo de 72 horas.

A reportagem alvo da ação do STF foi publicada, segundo a Crusoé, com base em autos da Lava Jato. O vazamento de delações ou supostas afirmações que sequer se tornaram delações tem sido um prática da Lava Jato desde o início das operações, em 2014. É o que muitos juristas classificam como espetacularização do processo. Até então, os alvos dos vazamentos foram lideranças políticas, em sua maioria do PT.

Apesar de tais vazamentos implicarem em acusações, cujo conteúdo os acusados não tinham acesso, o Supremo não tomou medidas sobre o caso, pelo contrário, negou diversos pedidos de vítimas que foram prejudicadas por tais vazamentos.

A medida de censura veio por conta de uma reportagem da revista que diz que a PF pediu um esclarecimento a Marcelo Odebrecht, que fez acordo de delação, para esclarecer quem seria “um amigo do amigo de meu pai”, citado em um e-mail. Odebrecht teria respondido que seria Dias Toffoli, presidente do STF.

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