A superintendente da SUFRAMA, Rebecca Garcia, acompanhada do superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Marcelo Pereira, e do procurador-chefe da Procuradoria Federal junto à Superintendência, Bruno Bisinoto, visitou nesta quinta-feira (12) a Fundação Paulo Feitoza (FPF Tech). Durante a visita, projetos e pesquisas de inovação tecnológica, metodologias de desenvolvimento de software e hardware, “cases” de sucesso e planos de expansão foram apresentados pela instituição.
Um dos projetos demonstrados foi o ActiveIris, uma solução multiplataforma que possibilita que pessoas com deficiência motora interajam com computadores através do movimento dos olhos. “Esta tecnologia, premiada nacionalmente, é composta por teclados virtuais, jogos educativos, módulos para controle de aparelhos eletrônicos, como TVs, telefones e lâmpadas. Ou seja, com ela é possível acessar a Internet e diversos aplicativos, além de controlar TVs, smartphones e outros dispositivos de acionamento elétrico”, detalhou o diretor de Projetos e Desenvolvimento de Negócios da FPF Tech, Roberto Garcia.
Segundo Roberto Garcia, o ActiveIris é uma inovação do AcessiMouse, hoje já em uso em agências bancárias do País. A diferença é que no AcessiMouse a interação com os computadores não é pelo movimento dos olhos. “No caso, o software de processamento digital de imagens captadas pela webcam detecta os movimentos da cabeça e permite o direcionamento do cursor do mouse. Os cliques são obtidos através de uma pequena abertura da boca”, explica o diretor.
A superintendente Rebecca Garcia salientou que o nível dos projetos desenvolvidos pela FPF Tech é uma demonstração de que os profissionais e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) do Amazonas são plenamente capazes de implementar projetos de alta qualidade e grande valor agregado de inovação. “Projetos assim devem ser mais conhecidos, pois isso é uma forma de desmitificar a ideia de que projetos de P&D de referência são desenvolvidos apenas em outras regiões do País”, frisou.
Tecnologias
A superintendente da FPF Tech, Rosanila Feitoza, explicou que os ICTs do Amazonas desenvolvem vários projetos relevantes para empresas, mas que muitas delas exigem sigilo sobre a criação e o desenvolvimento. “Com razão, as patentes e códigos fontes ficam com as empresas financiadoras. O problema é que muita gente fica achando que nada relevante em tecnologia é criado aqui no Amazonas”, disse.
A FPF Tech desenvolve atualmente projetos para cerca de 30 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), além das encomendas de instituições bancárias da Rússia e companhias da França e Alemanha.
Os diretores da FPT Tech solicitaram que a Autarquia estude a possibilidade da inclusão de um conselheiro representante das instituições de Ciência e Tecnologia no Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda).
Além de cases de sucesso nas áreas de Dispositivos Móveis, Gestão Hospitalar, Medicina do Trabalho, Saúde Ocupacional e Soluções Industriais, durante a visita, funcionários que foram formandos de cursos de capacitação tecnológica ministrados pela instituição deram depoimentos pessoais sobre a importância dos cursos para suas carreiras.