Manacapuru é o terceiro município do Interior do Estado do Amazonas em número de habitantes, perdendo, apenas, em população, para Parintins e Manaus. Devido a isto, seus problemas de saúde são agravados pelo fato de atender vários dos municípios vizinhos que procuram a sede do município em busca de assistência médica em suas unidades de saúde.
Isso, segundo o prefeito Jaziel Nunes de Alencar Tororó (PMDB), sobrecarrega e onera, sobremodo, o frágil sistema de saúde local por não dispor de receita substancial para atender a forte pressão provocada pela demanda.
Para agravar o problema, conforme destacou o prefeito, veio a crise econômica e com ela a queda na arrecadação e nas transferências de recursos, oriundos de vários fontes, tais como o FMPE.
“Até 2014, recebíamos do estado algo em torno de R$ 900 mil destinados à aquisição de remédios para garantir os estoques das 18 unidades de saúde distribuídas na sede e na zona rural. Agora, porém, esse montante não chega a 10% – menos de R$ 80 mil -, o que nos obriga a fazer milagre na superação dos problemas mais urgentes, como aquisição de remédio, para não comprometer a saúde de Manacapuru”, explica.
Nos últimos meses, conforme delarou Tororó, vários projetos de investimento, que seriam executados com recursos próprios em Manacapuru, foram suspensos para viabilizar a compra de um grande estoque de remédio e, assim, evitar que os serviços básicos de 18 postos de saúde do município paralisassem de vez suas atividades.
“Faço o que posso para que a saúde em Manacapuru não venha a sofrer, como vários municípios, os efeitos perversos da crise. Saúde é coisa séria. Por isso é prioridade no nosso governo”, avalia Tororó.