O traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, foi morto em uma operação no Morro da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, na tarde deste sábado. Os agentes souberam que o traficante mais procurado do Rio de Janeiro estava na casa da namorada.
A operação contou com 80 policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, além de veículos blindados e um helicóptero.
Houve troca de tiros entre os agentes e os seguranças do chefe do tráfico do Morro da Pedreira, que fugiram pela mata. Playboy também efetuou alguns disparos contra os policiais e fugiu pelos fundos da casa, onde há um terreiro de candomblé em que ele foi atingido. Na residência, uma pistola e fuzil foram apreendidos.
Playboy foi levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o traficante chegou morto à unidade. O corpo está no necrotério e aguarda a remoção para o Instituto Médico Legal (IML).
Playboy estava foragido pelos crimes de tráfico de drogas, roubo e homicídios. Por ele, era oferecida uma recompensa de R$ 50 mil.
Logo após a morte de Playboy, fotos impressionantes que mostram o bandido ferido começaram a circular pelo WhatsApp e redes sociais.
Nesta tarde, os delegados João Luiz Araújo, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Fabrício Pereira, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e o coronel Antônio Goulart, coordenador de inteligência da PM, irão conceder coletiva para falar sobre a ação.
História do traficante
Recentemente, uma ordem de Playboy terminou com a expulsão de pelo menos 80 famílias do Conjunto Residencial Haroldo de Andrade I, em Barros Filho, na Zona Norte do Rio. Segundo uma investigação da Polícia Civil, o chefe do tráfico do Complexo da Pedreira, no bairro vizinho de Costa Barros, ofereceu os apartamentos do programa “Minha casa, minha vida” a bandidos.
O bandido nasceu na Zona Sul do Rio e, inicialmente, fazia parte de uma quadrilha de assaltantes conhecida por invadir casas de luxo. Em 2005, Playboy entrou para o tráfico pelas mãos de um atual inimigo: Fernando de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico do Morro do Dendê, na Ilha do Governador.
Playboy não ficou muito tempo no Dendê. Após dois anos, deu um golpe na facção, furtou 30 fuzis e foi para a Maré, onde foi recebido pela quadrilha liderada por Edmílson Ferreira dos Santos, o Sassá. O criminoso ganhou a confiança dos líderes do grupo e, em 2010, chegou ao Complexo da Pedreira, onde atualmente comanda um exército de 300 fuzis.
Na Pedreira, Playboy era tratado como uma estrela. O líder do tráfico organizava bailes funk e até dava “canjas” como MC em algumas festas.