A inauguração do novo auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ocorrido na manhã desta segunda-feira, 14, foi um espetáculo de gastança, uma farra, digamos assim, que se repete desde a sua fusão com o extinto Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), na ostentação perdulária e irresponsável dos recursos públicos.
O novo auditório do TCE, planejado e executado para o deleite de seus dignos conselheiros, que se reúnem uma vez por semana para pedirem vistas a processos quase sempre eivados de vícios insanáveis, movidos por algum interesse subjacente, é a cara de seus representantes, que só pensam em robustas diárias, mordomias, abono para mulheres no dia das mães, etc., etc. e tal.
O auditório é lindo, pomposo, frio como o pólo norte. Para funcionar seus equipamentos de refrigeração é preciso desligar todos os demais aparelhos do órgão como ocorreu, hoje, por ocasião do evento.
Bom para os funcionários de alguns departametos (setores) que foram dispensados do trabalho – o que não é novidade – devido ao forte calor.
Os menores detalhes do novo auditório é de requintado bom gosto – bem diferente das acanhadas e mal acabadas salas de aulas e enfermarias dos hospitais e prontos socorros peretencentes à rede pública do estado.
E o bufê preparado para agradar os convidados presentes à inauguração do novo auditório? Um luxo. Tudo de primeiríssima qualidade. Nada de sanduiches, refrigerantes, salgadinhos de quinta, tais como pastéis, quibe, empada ou canudinho.
Nada disso.
Por lá, no auditório da Efigênio Sales, o mínimo que rolou foi camarão com os mais estrambólicos nomes e caviar.