Três anos após o lançamento da pedra fundamental, novo hospital de Manacapuru não passou de mais um engodo político

Em janeiro de 2013, uma quarta-feira, o então secretário Estadual de Saúde, médico Wilson Alecrim, esteve em Manacapuru (AM) e anunciou para a população do município a construção de um novo hospital naquela cidade.

A nova unidade, de acordo com o secretário, deveria ter 100 leitos e funcionaria em parceria com o hospital que seria construído pela Susam na Cidade Universitária, em Iranduba.

Pois muito bem. Três após o anúncio da boa nova nem um tijolo foi colocado no local para o início dos trabalhos que, pela previsão de Alecrim, deveria ser concluído no final de 2014.

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Já dia 29 de setembro do mesmo ano, ou seja, oito meses depois, foi a vez do então governador Omar Aziz que, em visita às obras do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) de Manacapuru, anunciou a construção de um novo hospital em Manacapuru, com 100 leitos e investimentos de R$ 20 milhões.

Decorridos mais de dois anos, no entanto, nem um leito, tampouco qualquer espécie de investimento foi realizado no local, conforme prometera Omar Aziz, que não se esqueceu de levar uma placa para marcar a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do tão sonhado hospital.

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No dia 29 de setembro, um dia depois das promessas de Omar, levadas ao povo de Manacapuru, a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) divulga, em nota distribuída à impresa, o início das obras do hospital.

Diz a nota que a Ordem de Serviço teria sido assinada pelo secretário Estadual de Saúde em exercício, José Duarte dos Santos Filho. Junto com a nota a Susam manda, inclusive, uma foto com três técnicos apontando, sabe-se lá para onde, no canteiro de obras.

Mas foi só. Promessas, promessas, promessas e uma foto.

Em 2014 foi a vez do governador José Melo (PROS). Foi a Manacapuru,  prometeu e não cumpriu.

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Resumindo: o novo hospital de Manacapuru não passou de mais um engodo político com fins eleitoreiros. Quem sabe, agora, em ano eleitoral, uma nova pedra fundamental marque o início de novas promesas.

A grana, segundo declarou, à época, em Manacapuru, o então candidato ao governo, Eduardo Braga (PMDB), hoje, ministro de Minas e Energia, existe, foi liberada pelo governo federal e Omar nada fez para construir o hospital.

Neste final de semana, a equipe do Repórter esteve em Manacapuru e, no local da obra, nada encontrou. Ou melhor, encontrou uma área com muita lama e nada mais.

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Até a placa da cerimônia de lançamento da pedra fundamental, que era mantida debaixo de uma espécie de tenda, foi levada para Manaus pela empresa Vila Engenharia Ltda., contratada para execução das obras.

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De acordo com o governo do Amazonas, o novo hospital se insere no plano de expansão da rede estadual de saúde.

Conforme o projeto, o hospital terá 128 leitos e seria construído em área de aproximadamente 7.600 metros quadrados.

O projeto prevê, na parte térrea, o serviço de urgência e emergência, que adotará o modelo de acolhimento com classificação de risco.

No primeiro pavimento está previsto a instalação do Centro de Partos. O segundo e o terceiro pavimentos enfermarias, de internação hospitalar, com alas obstétrica, pediátrica, clínica e cirúrgica para adultos. O projeto prevê, ainda, para o quarto pavimento, uma área destinada às atividades e setores administrativos.

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