Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, irmão ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, o ex-secretário de Administração do município, Adriano Teixeira Salan, e do empresário Haroldo Portela de Azevedo, todos réus sentenciados na Operação Vorax, estão há 41 dias foragidos da Polícia Federal.
Nem um dos três condenados, inseridos no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos, não poderão recorrer da sentença em liberdade, segundo determinação do juiz federal Marllon Souza, que condenou 20 réus do esquema de desvio de verbas do Município de Coari.
Carlos Eduardo Amaral Pinheiro foi condenado a cumprir 41 anos e 4 meses de prisão, e deverá pagar 1.088 dias-multa (cada dia multa equivalente a um quarto do salário-mínimo à época dos crimes) e multa de R$ 323,7 mil. Ele é suspeito de ser um dos principais articuladores e beneficiários do esquema criminoso.
Já Haroldo Portela de Azevedo foi condenado a 32 anos e oito meses de prisão e ao pagamento de 505 dias-multa somados à multa de R$ 279.597,62.
Adriano Salan, ex-secretário municipal, deverá cumprir 16 anos e um mês de prisão e terá de pagar 185 dias-multa. Todos serão presos inicialmente em regime fechado.
Outros dois homens estão entre os cinco réus já condenados: Paulo Emílio Bonilla Lemos, ex-secretário de Obras, também teve a prisão decretada, mas o seu nome não consta nos autos do processo. Apenas o engenheiro Paulo Sérgio Chagas Moreira está recolhido ao Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).
Para entender
O juiz Marllon Souza condenou no último dia 29 de julho, vinte pessoas pelos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude a licitação, lavagem de dinheiro, crime de responsabilidade e dispensa ilegal de licitação, associação criminosa, cada um de acordo com sua participação no esquema.
A condenação foi expedida após investigações da Operação Vorax, que começou em 2008.