Três homens morreram em confronto no final da manhã de hoje (3) com uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na favela da Rocinha, que liga os bairros da Gávea e de São Conrado, na zona sul do Rio. De acordo com a Polícia Militar, policiais do Bope em patrulhamento na localidade conhecida como 199 entraram em confronto com criminosos fortemente armados.
Após o cessar-fogo em uma ação de vistoria na região, os militares encontraram os três feridos. Junto às vítimas, os policiais do Bope encontraram dois fuzis automáticos, uma pistola, uma granada defensiva de uso exclusivo das Forças Armadas e carregadores para fuzil. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Municipal Miguel Couto, no bairro da Gávea.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que os três homens já chegaram mortos ao hospital e nenhum deles tem identificação. Um quarto homem baleado chegou ao mesmo hospital levado por parentes e informou que tinha sido ferido na Rocinha.
Ações diárias
A Polícia Militar vem atuando na Rocinha desde o dia 18 setembro do ano passado, após o confronto entre os grupos rivais de Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157, e de Antonio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. De dentro de uma penitenciária federal, Nem deu ordem para que integrantes de seu grupo expulsassem Rogério 157 da comunidade. Os intensos conflitos entre os dois grupos levaram o governador Luiz Fernando Pezão a pedir que as Forças Armadas ocupassem a comunidade para apoiar as ações policiais, o que foi atendido pelo presidente Michel Temer.
O objetivo da ação diária na Rocinha é restabelecer a rotina dos moradores e prender os criminosos envolvidos no tráfico de drogas local. Atuam na região 550 policiais de diversos batalhões. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha e o 23º batalhão da PM, no Leblon, continuam realizando o cerco com o apoio de policiais de outras UPPs e de outras unidades. São 15 pontos de cerco e 14 pontos de contenção no interior da comunidade.