Trilhos de bondinho elétrico usado no século 19 recebem serviços de conservação

Os trabalhos de limpeza e conservação dos paralelepípedos e dos trilhos do antigo bondinho elétrico, usado como transporte em Manaus no século XIX e evidenciados durante as obras de revitalização da Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro, foram iniciados nessa segunda-feira, 25.

O serviço está concentrado no trecho que compreende o cruzamento com a rua 10 de Julho. No local, a Prefeitura de Manaus tem atuado com um trabalho manual para evidenciar os trilhos e paralelepípedos históricos.

A atividade agora se concentra no restauro e conservação dos achados. A artista plástica e especialista em restauro, Judeth Costa, que também é coordenadora do Atelier de Restauro da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), é quem está à frente desse trabalho junto com as arqueólogas responsáveis pelo monitoramento da obra, Margareth Cerqueira e Vanessa Benedito.

De acordo com Cerqueira, durante duas semanas as equipes trabalharam na retida da camada asfáltica que estava por cima dos trilhos. Só após a finalização desse processo é que o restauro pode ser iniciado.

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Segundo Judeth, os trilhos do bondinho sofreram ao longo dos anos um processo natural de oxidação. “Estamos trabalhando com um removedor líquido para retirada da ferrugem. Além disso, outros resíduos como asfalto e concreto, por exemplo, estão sendo removidos dos trilhos de forma que os achados mantenham-se preservados”, explica.

Após o processo de limpeza dos trilhos, de acordo com a restauradora, será aplicado o inibidor de corrosão para estagnar a oxidação e preservar os trilhos. “O produto vai atuar como uma camada de proteção para os trilhos. Com o evidenciamento desses achados o contato com a umidade aumenta e por isso o processo de conservação é importante”, destaca Judeth.

De acordo com subsecretário de Obras Públicas da Seminf, Antônio Nelson, o trabalho de restauro e conservação é parte do processo para transformar o trecho da via em um museu a céu aberto. “A ideia da prefeitura é preservar a história para mostrá-la à população de forma que o cenário histórico dialogue com o dia a dia da cidade”, comenta.

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