Nesta sexta-feira (27/12), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Suprema Corte o adiamento de uma possível proibição no país do aplicativo de mídia social chinesa TikTok, que entraria em vigor em 19 de janeiro. A ideia do republicano é negociar uma maneira de “salvar a plataforma”.
A intervenção de Trump segue sua promessa de campanha de manter o popular aplicativo de mídia social acessível a seus mais de 170 milhões de usuários nos EUA se ele vencesse.
O jornal Washington Post relatou anteriormente que os assessores do presidente eleito esperavam que ele interviesse em nome do TikTok se necessário, apesar de Trump ter criticado anteriormente a China e a plataforma, citando preocupações com a segurança nacional.
A proprietária do TikTok, a empresa chinesa ByteDance, enfrenta o prazo final de 19 de janeiro para transferir a plataforma para uma empresa sediada fora da China ou ver o aplicativo banido nos Estados Unidos sob uma lei aprovada em abril com forte apoio bipartidário.
Os legisladores que apoiaram a lei, incluindo muitos republicanos, apontam que a plataforma poderia ser usada pelo governo da China para manipular ou coletar dados de cidadãos dos EUA.
No início deste mês, a Suprema Corte concordou em aceitar o desafio do TikTok à potencial proibição como inconstitucional após ter sido rejeitado pelo Tribunal de Apelações dos EUA para a região de Washington. O aplicativo de mídia social disse que proibir usuários dos EUA de usar o aplicativo viola os direitos da Primeira Emenda norte-americana.
Trump afirmou nesta sexta-feira que adiar o prazo daria ao novo presidente tempo para trabalhar nas tensões “sem precedentes” que o caso apresenta entre direitos de liberdade de expressão e política externa e preocupações com a segurança nacional.
Na declaração à Suprema Corte, Donald Trump afirmou que “não toma posição sobre os méritos” da disputa entre o TikTok e o governo dos EUA, mas sugeriu que queria que a plataforma continuasse atendendo aos usuários do país.
“O presidente Trump sozinho possui a experiência em negociações, o mandato eleitoral e a vontade política para negociar uma resolução para salvar a plataforma enquanto aborda as preocupações com a segurança nacional expressas pelo governo”, diz o processo na Suprema Corte.
*Com informações do Estadão