Repaginado, o time do Vasco ainda prefere não definir onde pode chegar na temporada. Mas, ontem, diante da Cabofriense, no Moacyrzão, o Gigante deu mostras do que se pode esperar dele.
Não teve brilho, jogadas de efeito nem um grande ídolo em campo, mas sobrou vontade e aplicação. Os 2 a 0 com gols de Bernardo e Marcinho também trouxeram alívio à Colina depois da má impressão deixada no torneio de Manaus.
Há pouco mais de um mês no comando, Doriva tem apostado na escalação de um time leve, rápido e, acima de tudo, jovem. Sem espaço para atuar, a falta de experiência e a ansiedade atrapalharam o Vasco, que investiu pouco nas laterais, insistiu em jogadas pelo meio e errou demais o último passe. Quando não conseguia avançar, arriscava os chutes de fora da área. Sorte que o adversário, esperando o contra-ataque, não conseguiu encaixar.
Assim como nos amistosos com o Flamengo e São Paulo – o Gigante perdeu por 1 a 0 e 2 a 1, respectivamente -, o time apresentou uma boa postura tática, com volantes em cima dos adversários, laterais mais ativos que no ano passado e um trio formado por Montoya, Bernardo e Marcinho querendo decidir. No entanto, o zero teimou em não sair do placar na primeira etapa.
“Fiquei satisfeito, pois fizemos o que estamos treinando. A gente marcou em cima e ficamos atentos aos rebotes. No primeiro tempo não deu certo, mas no segundo saiu o gol”, avaliou Doriva.
Foi marcando no campo de ataque que Montoya desarmou o lateral Leandro, arrancou com velocidade e encontrou Bernardo em ótimas condições para abrir o placar aos sete minutos. Na comemoração, o meia, que ganhou nova chance no Vasco após ter sido emprestado na última temporada, não escondeu a emoção.
Com fôlego e atenção de sobra, o Gigante manteve o ritmo e quase ampliou com Jhon Cley e Yago. Mas foi Marcinho quem marcou o segundo gol em chute de fora da área e confirmou a vitória.