Por Mônica Tarantino e Michel Alecrim
A chegada de quatro remédios destinados a aumentar o prazer sexual feminino promete combater pela primeira vez na história as dificuldades mais comuns enfrentadas por elas
Uma em cada duas mulheres brasileiras sente que seu desejo sexual não é tão intenso quanto ela gostaria, não fica tão excitada quanto esperava ou enfrenta dificuldades para chegar ao orgasmo.
Extraída pela psiquiatra Carmita Abdo, criadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em seu “Estudo Sexual da Vida do Brasileiro”, a informação escancara a realidade da vida sexual feminina no País.
E ela está de acordo com o que se observa na maior parte do mundo. “Temos os mesmos índices de dificuldades sexuais de outros povos”, afirma Carmita, internacionalmente reconhecida como uma autoridade em sexualidade humana.
As mulheres, no entanto, estão prestes a ganhar fortes aliados contra esse problema. Quatro novos remédios devem chegar ao mercado com a promessa de ajudar a mulher a encontrar o prazer na cama. Será a primeira vez que ela terá à disposição uma pílula com esse objetivo.
Em um paralelo histórico recente, os remédios terão, para a mulher, a mesma importância que o Viagra, lançado em 1998, teve para o homem.
O que se espera é que os medicamentos não só ofereçam a elas um salto de qualidade no sexo, mas também auxiliem a trazer à tona a discussão sobre como as mulheres lidam com seu corpo, seus medos, suas indagações – a exemplo do que ocorreu em relação às questões do público masculino quando do lançamento da famosa pílula azul.
Enfim, os próximos anos registrarão a mais nova revolução sexual feminina.