O aumento no número de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e o avanço do vírus da Influenza A (H3N2) no Amazonas foi motivo de preocupação do deputado estadual Wilker Barreto nesta terça-feira, 14, durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas. Em seu pronunciamento na tribuna, o parlamentar criticou a falta de ações do Governo para conter o avanço das doenças respiratórias no Estado, que já somam 309 casos nos últimos dois meses, sendo 272 da H3N2 e outros 37 casos ainda não especificados, conforme dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Para Barreto, o salto no número de casos das doenças respiratórias, em meio às problemáticas da superlotação dos hospitais e o risco iminente de uma nova terceira onda da Covid-19 no Estado, precisa ser levado em conta pelo Executivo.
“O Amazonas, em especial Manaus, está passando por um surto de gripe, só que o Wilson Lima já combinou com a Covid e a Influenza que tudo é a partir do dia 15 de dezembro, depois do decreto dele. Se Deus os livre tivermos a terceira onda da ômicron com a onda de gripe hoje, infelizmente será a tempestade perfeita e eu não vejo nenhum posicionamento do Governo”, ponderou o deputado.
O parlamentar ainda repercutiu as inspeções feitas nos Hospitais e Pronto-Socorros Dr. Platão Araújo e Dr. João Lúcio, nos dias 8 e 10 de dezembro, respectivamente, onde foram constatadas diversas irregularidades como a presença de leitos nos corredores, estoque crítico de medicamentos, ausência de materiais essenciais e a situação precária das unidades de saúde.
“As imagens por si só relatam o caos que se encontra a saúde. Esse irresponsável permitiu dois grandes eventos que reuniram mais de 50 mil na Arena, mas eu quero que o governador dê uma voltinha nos SPAs e veja os números da Covid, estamos com leitos acima dos 80%. Eu estou severamente preocupado”, explicou Wilker.
CPI da Asfixia
Por fim, o parlamentar voltou a cobrar assinaturas para a instalação da CPI da Asfixia na Casa Legislativa. Até o momento, seis deputados – Delegado Péricles (PSL), Dermilson Chagas, Ricardo Nicolau (PSD), Serafim Corrêa (PSB), Sinésio Campos (PT) e o próprio Wilker – foram a favor da comissão para investigar todos os contratos e gastos feitos pelo Governo do Amazonas desde o início da pandemia do novo Coronavírus, março de 2020, até o fim da Comissão.
“Não abrir a CPI da asfixia é um gesto de desrespeito, agravado quando dois médicos se recusam a assinar. Para quem não sabe, temos dois colegas médicos na Comissão de Saúde, três membros que não são médicos já assinaram e os dois até a presente data não assinam a CPI com os hospitais em colapso”, finalizou.
