Wilker denuncia que cirurgias ginecológicas e mastologia estão suspensas no Instituto Dona Lindu

O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta quinta-feira, 18, para denunciar que a realização de cirurgias ginecológicas e atendimentos na especialidade de mastologia estão suspensas no Instituto da Mulher Dona Lindu, localizado no bairro Adrianópolis, Zona Centro-sul de Manaus. Além da grave revelação, o parlamentar criticou a intenção do Governo em realizar licitação no valor de R$ 160 milhões para consultoria de projetos, o que pode demonstrar a falta de prioridade.

Em seu pronunciamento, Wilker denunciou a determinação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) pela suspensão dos procedimentos eletivos no Instituto Dona Lindu, considerada referência no atendimento à saúde da mulher na região Norte. Segundo relatos, pacientes que estão aguardando as cirurgias estão sendo encaminhados via Sisreg para o Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz.

Já em relação aos atendimentos de mastologia, as mulheres estão sendo orientadas a buscar o serviço na Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar uma nova consulta nesta especialidade médica, fundamental para a prevenção, diagnóstico e tratamento da saúde da mama. Em alguns casos, pacientes que já tinham consulta agendada estão tendo que esperar dias ou meses para serem atendidos.

“Se a fila de mulheres aguardando cirurgias estivesse na normalidade, eu não questionaria a decisão, mas a gente sabe que não está. Muitas não sabem quando vão operar e outras terão que procurar uma UBS para novamente buscarem atendimento. Isso é muito grave”, ponderou Barreto.

Intenção milionária

Ainda na tribuna, Wilker revelou que o Governo, através da Ata de Registro de Preços nº 0161/2022, referente ao Pregão Eletrônico 255/22, pretende gastar R$ 160 milhões em contratação de empresa de consultoria para projetos, que envolve dentre outras propostas, a prestação de serviços de adequação, implantação, operação e manutenção das unidades de Pronto Atendimento ao Cidadão (PACs) do Estado. Desse montante, o Executivo celebrou Termo de Contrato nº 17/2022 no valor de R$ 14.880.085,58 milhões, via Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), para operação das unidades móveis dos PACs.

Para Barreto, a pretensão do Executivo é uma afronta diante das problemáticas encontradas na rede pública estadual de saúde. O deputado anunciou que acionará os órgãos de controle para cancelar esse gasto milionário.

“Eu acho uma afronta no momento que se encontra a saúde do Amazonas, uma licitação de R$ 160 milhões desta natureza. O governo está matando o nosso povo por ausência de investimentos, e não é por falta de recursos, é negligência pura, por isso, vamos protocolar uma medida cautelar pedindo a suspensão desse contrato”, finalizou.

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