O ex-governador Paulo Pinto Nery de saudosa memória dizia aos menos avisados, com sabedoria e com rasgados eres (r), que”poder é poder”.
Pois muito bem. Mesmo sem ter conhecido a iminente e distinta figura de Paulo Nery, Wilson Lima abusou do poder que ostenta desde que foi ungido nas urnas governador do Amazonas em 2018.
Depois de lacrado, fechado, desativado, tirado de circulação por falta de recurso financeiro para manutenção, o posto (barreira) rodoviário a poucos quilômetro da ponte Filipe Daou – a mesma que cruza o rio Negro – foi reativado não por obra do espírito santo, mas por vontade deliberada do governador Wilson Lima.
E por que tamanha façanha? Alguma operação contra os traficantes e devastadores do meio ambiente? Da pesca predatória? Contra o tráfico de drogas?
A resposta é não.
Wilson Lima, como declarado em gravações de vídeo (ver abaixo), reativou o posto de fiscalização para impedir o descolamento de veículos – em especial ônibus – com simpatizantes da candidatura Eduardo Braga para o governo do Amazonas.
Com o emprego indevido do Batalhão de Trânsito e da Arsam, todos os veículos utilizados para transporte de pessoas para o local de convenção do pré-candidato Eduardo Braga não passam nem que a “vaca tussa”.
Não é mesmo uma gracinha?
Não, não é uma gracinha. É uma vergonha que deve ser respondida nas urnas com o repúdio veemente do eleitor e do cidadão impedido de exercer os seus direitos constitucionais de ir e vir.
Na Avenida do Turismo
A Polícia Militar também montou barreiras e está abordando veículos, em especial os ônibus e microônibus que circulam pela avenida do Turismo, nas proximidades do Copacabana, aonde acontece a Convenção dos partidos que apoiam a candidatura do senador Eduardo Braga (MDB) ao Governo do Estado.
Ontem o mesmo não aconteceu na avenida das Torres, por onde circularam vários veículos grandes que transportavam os apoiadores do governador Wilson Lima (União), que realizou o lançamento de sua candidatura à reeleição no Espaço Via Torres.
