Nesta terça-feira, a partir das 21h30 (de Brasília), na ESPN Brasil, Dan Stulbach estreia como apresentador do “Bola da Vez”. E em seu primeiro programa, ao lado de André Plihal e Arnaldo Ribeiro na bancada, o convidado é o técnico Muricy Ramalho, que recentemente deixou o São Paulo para cuidar da saúde.
O treinador campeão da Libertadores e tetra brasileiro repassa sua carreira, os momentos felizes e complicadas na equipe do Morumbi – como a passagem em 2013, quando livrou a equipe do rebaixamento inédito no Brasileiro.
Ele afirma, por exemplo, que naquele elenco havia jogador que fingia lesão para não jogar por causa da difícil situação e cravou: “Viram que a coisa estava feia, mas para dar um jeito ali, só eu. Não que eu saiba mais de futebol do que ninguém, mas sabia os atalhos. E sou são-paulino. Imagina Rogério (Ceni) e eu indo para a segunda divisão?”
Muricy, de 59 anos, também diz que o atual São Paulo não encaixou. “O time é muito técnico, mas não tem velocidade. É um dos times com mais posse de bola, mas tem um defeito grande: sem velocidade, sem profundidade. Fica previsível às vezes”, analisou.
O técnico avaliou Paulo Henrique Ganso, com quem trabalhou no Morumbi e no Santos, e o vê como um bom jogador, mas não um craque.
E ele tem um escolhido como meia clássico do futebol brasileiro: “O melhor camisa 10 é o Lucas Lima. É um jogador moderno, joga em direção ao gol toda hora. Entra na área, faz gol, vem no meio-campo. Intensidade alta. É o número 10 do Brasil hoje.”
O ex-comandante de Náutico, São Caetano, Internacional, Palmeiras e Fluminense também fala no programa de Rogério Ceni, traz em detalhes minuciosos o convite para treinar a seleção brasileira em 2010 – que ele recusou -, ouve histórias de Serginho Chulapa e seu braço-direito Tata e ainda se emociona ao fazer um balanço da carreira.