O principal alvo da “Operação Cauxi”, deflagrada na manhã desta terça-feira (10) no município de Iranduba, pelo Ministério Público, o prefeito Xinaik Silva de Medeiros, acusado de comandar uma organização criminosa que desviou cerca de R$ 56 milhões dos cofres públicos, se entregou no final da manhã acompanhado do advogado, Alberto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB-AM).
Na casa do prefeito onde policiais civis cumpriram mandado de busca apreensão foi encontrado cerca de R$ 13 mil, além de documentos que comprovariam o envolvimento de Xinaik Medeiros, nas fraudes que estão sendo investigadas pelo Ministério Público.
Ainda na sede do MP o prefeito presta depoimento ao Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público, que há três meses iniciou as investigações do desvio de mais de R$ 56 milhões em verbas públicas, por meio de contratos de obras, serviços e aquisições de materiais.
Depois de depor, o prefeito ainda na sede do MP fará exame de corpo de delito e deverá ser encaminhado ao Comando de Policiamento Especializado (CPE), onde ficará preso.
“Cruzamos alguns dados em parceria com o tribunais de contas do Estado e União que indicavam os desvios e partir de então aprofundamos as investigações”, disse Fábio Monteiro, Procurador-Geral de Justiça, informando que os mandados prisão temporária e preventiva, assim como de condução coercitiva, foram expedidos pela desembargadora Carla Reis, do Tribunal de Justiça do Amazonas.
Foram presos irmã do prefeito, Nádia Medeiros, o secretário de economia e finanças, David Queiroz, e o chefe da comissão geral de licitação de Iranduba, Edu Correa Souza. Outro alvo de prisão que também está foragido é o secretário de infraestrutura do município, André Maciel Lima.