O comandante geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMAM), Marcus Frota, pediu nesta quarta-feira, 11, o seu afastamento do cargo pelo fato de estar respondendo a inquérito policial instaurado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM).
O coronel JPM , Rubens de Sá Soares, subcomandante geral da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), foi nomeado para responder pelo comandante da corporação.
Segundo justificativa de Frota, o seu afastamento é uma medida “idônea, transparente e responsável com franca intenção de evitar qualquer suspeita de uso do meu posto ou autoridade para interferir ou mesmo influenciar qualquer deliberação”.
Frota disse, ainda, que o seu afastamento do comandato da Polícia Militar é caráter pessoal. O decreto foi assinado nesta quarta-feira.
NOTA DE AFASTAMENTO
Em cumprimento às funções públicas do cargo de Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMAM), venho por meio desta, informar meu afastamento temporário das atribuições de comandante geral, conferidas pelo governador José Melo de Oliveira.
Esta decisão toma por base a postura que sempre adotei diante desta corporação e tem por objetivo trazer ainda mais independência e credibilidade ao inquérito policial em que meu nome é mencionado. Durante as investigações me coloquei voluntariamente a disposição, colaborando e prestando as informações necessárias, inclusive por meio de depoimento formal.
Neste passo em que o inquérito está sob a responsabilidade do Ministério Público, vejo meu afastamento como medida idônea, transparente e responsável, com franca intensão de evitar qualquer suspeita de uso do meu posto ou autoridade para interferir ou mesmo influenciar qualquer deliberação. Esta é uma decisão de caráter pessoal, mas que traduz bem a conduta deste comandante diante dos seus comandados, de conduzir cada sentença com firmeza e coragem.
Agradeço imensamente aos meus liderados, sobretudo a confiança depositada no trabalho até agora realizado por este comando. Estou certo de que, cada ponto será esclarecido dentro dos mais rigorosos critérios de apuração contidos no conjunto probatório, agora no âmbito do Ministério Público, a quem deposito irrestrita confiança. Portanto, sigo firme na postura que me foi base de convivência e trabalho até que tudo esteja devidamente esclarecido.
Sem mais, encerro este comunicado ressaltando os valores de justiça, verdade e honestidade que nos acompanham nesta centenária instituição.
Manaus, 11 de maio de 2016.
CEL QOPM Marcus James Frota Lobato
Comandante Geral da PMAM