Na última sexta-feira, o Barcelona oficializou a renovação de contrato do atacante Neymar até o final da temporada 2020/21. Com o novo vínculo, o camisa 11 ganhará aumento de salário e ficará ainda mais rico. Sua multa rescisória, porém, não crescerá na mesma proporção, o que o deixa com “portas abertas” para deixar o clube em caso de uma proposta “maluca”.
Nas novas condições, Neymar terá seus vencimentos praticamente dobrados e passará a ter o segundo maior salário do elenco: 25 milhões de euros (quase R$ 86 milhões) por ano.
Ficará, portanto, atrás apenas de Lionel Messi, como já havia antecipado o repórter André Plihal, da ESPN Brasil, em janeiro deste ano, e à frente de atletas como Iniesta e Luis Suárez.
Contudo, o aumento da multa rescisória será ínfimo, se comparado à proporção do novo salário.
No contrato antigo, a cláusula era de 190 milhões de euros (R$ 652,6 milhões, na cotação atual). No novo, ela será inicialmente de 200 milhões de euros (R$ 687 milhões), passando depois para 222 milhões de euros (R$ 762,5 milhões) e em seguida aumentando para 250 milhões de euros (R$ 859 milhões).
Logo, ao contrário do salário, que vai praticamente dobrar, a multa rescisória crescerá no máximo 60 milhões de euros (R$ 206 milhões) – nem um terço da cláusula de seu primeiro contrato, firmado quando ele trocou o Santos pelo Barça, em 2013.
Mesmo o valor de 250 milhões de euros é “baixo” se comparado a vários outros jogadores.
Só no Real Madrid, por exemplo, James Rodríguez tem cláusula de rescisão de R$ 1,46 bilhão, enquanto Gareth Bale possui uma multa ainda maior: incríveis R$ 1,7 bilhão, praticamente o dobro de Neymar.
Isso sem citar Cristiano Ronaldo, que, segundo seu agente, Jorge Mendes, tem uma cláusula absurda de 1 bilhão de libras (R$ 3,85 bilhões) para deixar o Real Madrid, um valor quase 4,5 vezes maior que o do camisa 10 da seleção brasileira no Barcelona.
A “pechincha” da rescisão de Neymar, portanto, deve continuar atraindo a cobiça de alguns dos clubes mais ricos do mundo, como o Paris Saint-Germain. De acordo com a imprensa francesa, o time parisiense estuda oferecer quase R$ 1 bilhão pelo ex-santista, superando por muito a cláusula contratual.
A possível venda de Neymar, aliás, poderia ajudar o Barcelona a investir nas obras que pretende fazer no Camp Nou, apresentadas recentemente pelo clube catalão.
Já com data marcada para começar, as renovações do estádio devem custar cerca de 600 milhões de euros (R$ 2,13 bilhões) aos cofres da equipe blaugrana.ESPN