247 – João Paulo Dorini, da Defensoria Pública da União (DPU), encaminhou comunicado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmando que ele cometeu “seríssima ofensa ao princípio da impessoalidade” ao revisar a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de uma estudante, após pedido do pai dela feito pelo Twitter.
O defensor lembrou que a impessoalidade é um pilar da administração pública, previsto na Constituição Federal.
“Se aqueles que fazem pedidos informais nas redes sociais para revisão da nota são atendidos, por que não o são aqueles que o fizeram pelo canal criado pela própria Administração? E por que não se informa adequadamente cada um dos solicitantes da revisão, caso de fato ela já tenha sido realizada, já que o próprio Ministro da Educação pôde fazê-lo pelas redes sociais para alguém que aparentemente ele sequer conhece pessoalmente?”, questiona Dorini na manifestação, segundo reportagem do jornal O Globo.
No sábado (25), Weintraub determinou que o presidente do Inep verificasse se estava correta a nota da prova do Enem de uma candidata após receber pedido do pai dela pelo Twitter. Carlos Santanna, um apoiador de Bolsonaro nas redes, postou a reclamação e marcou o perfil de Weintraub.
O ministro respondeu com um print de uma conversa de seu celular de uma conversa com um interlocutor identificado como Alê, que supostamente seria Alexandre Lopes, presidente do Inep.
“Alê, tem como verificar”, escreveu o ministro. A resposta foi: “Ministro, a participante teve a prova corrigida corretamente. Tudo confere. Fez a prova em Ribeirão Preto/SP. Conferido com a aplicadora. Não houve erro de associação no caso dela.”