Completamente destruído. É assim que se encontra o Centro de Saúde da Mulher, localizado na Rua Sete de Setembro, no Bairro do Jorge Teixeira IV, Zona Leste.
O início da destruíção deu-se em 2009, na gestão do então prefeito de Manaus, Amazonino Armando Mendes (PDT), um político controverso, polêmico, populista no melhor estilo, e capaz de despertar o na mais autêntica versão maniqueísta o amor e o ódio sem abalar o seu prestígio político.
E foi justamente na gestão dele – Amazonino Mendes – que os moradores do Jorge Teixeira assistiram, sem entender, o abandono, a destruição e o fim de importante espaço que privilegiava a saúde da mulher.
Hoje, o que resta são os restos mortais de uma das poucas obras de relevante importância social construída e inaugurado em 1998 pelo então prefeito Alfredo Nascimento (PR).
Nem mesmo os vasos sanitários restaram intactos.
Tudo foi levado. Aparelho de ar condicionado, equipamentos médico, computadores, telefone, luminária, cano, fio elétrico, etc., etc., etc.
Apenas as paredes, o teto e as caixas d’água foram poupadas, embora apresentem profundas avarias em suas estruturas.
Dizem os moradores da Sete de Setembro que durante mais de 10 anos a Casa de Saúde da Mulher realizou, entre os serviços prestados, pequenas cirurgias, como retirada de nódulos da mama, ultrassonografia vaginal e mamografia, entre outros.
“Não se tem notícia de que, por aqui (Centro de Saúde), algum dia faltou médico, ou que alguém ficou sem consulta”, comenta Creuza Santiago. “O Centro de Saúde da Mulher virou varal, virou maconhódromo, meu irmão”, completa um rapaz que preparava um cigarro de maconha para fumar com a namorada e mais quatro amigos.
A destruição do Centro de Saúde da Mulher está longe, muito longe mesmo de ser um caso isolado como podem pretender os áulicos da classe política local.
Os escombros da Casa da Mulher do distante e pobre bairro da Zona Leste traduzem por si só tudo o que existe de pior na mais profunda entranha da maioria dos políticos que governaram o Amazonas como falta de vergonha na cara, desfaçatez, dignidade,orgulho e vaidade exacerbados e, sobretudo, espírito público e competência.