Brasil mantém aposta no mercado chinês

Em um cenário de menor crescimento e queda nas compras de produtos brasileiros por parte da China, o governo brasileiro mantém a aposta na ampliação nas relações comerciais com o país. Sob coordenação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, uma missão de empresas dos ramos de bebidas e alimentos visitará  o país asiático no período entre segunda (4) e sexta-feira (8).

O grupo participará de rodadas de negócios na cidade de Guangzhou e exibirá produtos na Sial, feira de alimentos, bebidas e hotelaria de Xangai. O objetivo da viagem é fechar contratos e prospectar novos clientes para o setor. Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país) da China cresceu 7,4%, o menor patamar em 24 anos. No primeiro trimestre de 2015, o crescimento ficou em 7%, pior ritmo de crescimento em seis anos.

Com a economia menos aquecida, o mercado chinês, até então principal destino das exportações brasileiras, passou a ocupar o segundo lugar, desbancado pelos Estados Unidos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas para a China caíram 35,4%, de US$ 9,8 bilhões, no primeiro trimestre de 2014, para US$ 6,1 bilhões no mesmo período deste ano. Além de a economia do país estar desacelerando, o valor em negócios recuou em função do fenômeno de queda nos preços decommodities, verificado desde 2014.

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