Brasileiro atingido por vergalhão intriga médicos nos EUA

Um brasileiro que teve a cabeça atravessada por um vergalhão está sendo estudado por cientistas americanos. A barra de ferro perfurou o crânio de Eduardo Leite quando ele trabalhava numa obra, no Rio de Janeiro, em 15 de agosto de 2012. Ele agora pode ajudar a ciência a desvendar mistérios do cérebro. As informações são do Fantástico.

O vergalhão entrou pelo alto da cabeça e atravessou a região entre os olhos, atingindo a área frontal do cérebro.Eduardo estava agachado usando capacete quando foi atingido pela barra de ferro, que caiu de uma altura de 15 metros e tinha 2,5 metros de comprimento. “Cortaram o ferro, diminuíram o tamanho e me levaram para o hospital. Em momento nenhum eu desmaiei, fiquei o tempo inteiro conversando”, lembra.

Após a surpresa de o encontrarem vivo, os médicos constataram que o operário havia perdido massa encefálica, inclusive uma área responsável pelas funções associadas ao comportamento. Ele poderia ter alterações de humor, mas dois anos depois do acidente, Eduardo está clinicamente normal, o que é um mistério para a medicina.

O caso chamou a atenção dos cientistas americanos, que o levaram a um centro de estudos em Nova York para pesquisar seu cérebro. Mesmo o neurologista Rodolfo lhinás, indicado ao Prêmio Nobel de Medicina em 2013, ficou surpreso: “Essa pessoa deveria ter sofrido muitas sequelas”. Porém, embora afastado do trabalho, Eduardo leva uma vida normal e teve até um filho, o terceiro, após o acidente. As consequências foram algumas convulsões, que são controladas por medicação e que os médicos consideram reações normais para qualquer pessoa que tenha tido uma lesão no cérebro.

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Caso semelhante ocorreu em 1840, quando o operário americano Phineas Gage trabalhava na construção de uma ferrovia e sofreu um acidente com uma barra de ferro, que entrou de baixo para cima, atingindo a região frontal do cérebro. Ele também sobreviveu, mas mudou completamente de personalidade. Virou uma pessoa agressiva e seu caso passou a ser considerado como uma das primeiras evidências científicas de que uma lesão no lobo frontal do cérebro pode alterar a personalidade, as emoções e a interação social.

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