A China, país mais populoso do mundo, começa hoje (1º) a permitir que os casais ternham dois filhos. Com isso, chega ao fim o período de 35 anos da rígida política do filho único.
Uma emenda à lei de planejamento familiar que estende a todos os casais a autorização para terem dois filhos entrou em vigor com a chegada de 2016, apenas dois meses depois de, no final de outubro, a mudança ter sido anunciada um reunião do Partido Comunista chinês.
A mudança na política demográfica pode ter consequências significativas em uma sociedade em que muitas crianças nascidas desde a década de 1980 não têm irmãos, sobretudo em zonas urbanas – no campo era permitido um segundo filho se o primeiro fosse do sexo feminino. Especialistas chineses, no entanto, são cautelosos na hora de fazer previsões.
“Entre o final deste ano e o início do próximo surgirão as primeiras mudanças. É evidente que o número de bebês vai aumentar, mas não tanto”, disse Lu Jiehua, especialista do Instituto de Estudos da População, à agência noticiosa espanhola EFE.
Jiehua disse que os futuros pais que se vão ver beneficiados pela política, precisamente os da geração do filho único, “pensam muito hoje em dia na hora de constituir uma família, porque é um encargo muito grande” em um país onde a educação e a saúde não são gratuitas nem baratas.