O médico Luiz Cláudio evitou, como acontece na maioria dos casos, empurrar com os pés a sujeira e vergonhosa situação da saúde no Amazonas para baixo do tapete.
Nesta quarta-feira, 06, o honrado, destemido e corajoso médico, escancarou, ao vivo e a cores, direto do centro cirúrgico do Pronto-Socorro Platão Araújo, ao lado de paciente na mesa de cirurgia, a escandalosa decadência da saúde no Amazonas: “são 09 horas do dia 06 de fevereiro de 2019. Preciso de fio (seis zero?) para reconstituir uma artéria e acabo de ser informado de sua inexistência no Platão Araújo”.
Um absurdo; um vexame; uma situação extremamente vergonhosa.
Em pleno século XXI, ano 2019, como fez lembrar o médico cirurgião Luiz Cláudio, luvas e bata ensanguentadas, não existe fio cirúrgico em uma unidade de saúde dita de urgência e emergência para eficiência do serviço de médico.
Infelizmente, essa é a triste realidade de um serviço que agoniza, carcomido, diante dos olhos de todos e que só não morre porque ainda conta com a presteza voluntária de muitos Luiz Cláudios que não medem esforços para salvar vidas mesmo com os salários atrasados.
Sim, graças exclusivamente a esses horóis, chamados de Luiz Claúdio, porque a depender daqueles que foram eleitos para cuidar da saúde no estado sequer fio cirúrgico providenciaram para que chegassem aos centros cirúrgicos dos hospitais da capital e do interior do estado.
Promessas não faltaram para serem eleitos. Todos, como lobos famintos, babando pelo canto da boa pela carniça, sempre tinham na ponta da língua a solução para tudo – para isto ou para aquilo – para chegar ao poder com o voto do contribuinte.
Eleitos, tudo muda. E o povo que se exploda, como diria Justo Veríssimo, personagem do saudoso Chico Anísio, eleito com votação colossal, homem de caráter pífio, honra ausente, decência abominável, de refinados métodos de roubar. Eleito pela população de baixa renda, ele odeia tanto os pobres que só dá a mão para os empurar ladeira abaixo. Um verme.
Luiz Cláudio para o governo do Amazonas, já!
