A crise no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no município de Itaboraí, região metropolitana, atingiu hoje (11) mais 250 trabalhadores dispensados pelo Consórcio CPPR, formado pelas empreiteiras Odebrecht, Mendes Júnior e UTC.
Na esperança de conseguir um aditivo ao contrato de prestação de serviços nas obras do Comperj, o consórcio havia colocado os trabalhadores em férias coletivas. Como o documento não foi assinado, os empregados foram dispensados. Por decisão da Justiça, as empresas investigadas na Operação Lava Jato estão impedidas de firmar novos contratos ou aditivos com a Petrobras.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial do Município de Itaboraí, a homologação das demissões começa segunda-feira (15).
Em nota, a diretoria do sindicato informou que vem promovendo gestões nos ministérios do Trabalho e Emprego e de Minas e Energia, de modo a apressar a definição do que ocorrerá até a conclusão da primeira fase do projeto, inicialmente prevista para agosto do ano que vem.
Para o sindicato, a demora prejudica empreiteiras que não se envolveram nos casos de corrupção apontados na Operação Lava Jato. “A prorrogação dos contratos pode gerar mais de mil empregos e voltar a movimentar a economia de Itaboraí e municípios vizinhos.”