O setor da construção civil fechou 483 mil postos de trabalho em 2015, terminando o ano com 2,835 milhões de trabalhadores formais, mesmo patamar de maio de 2010. Os números foram divulgados hoje (27) pelo Sindicato da Indústria de Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP).
Na comparação com novembro, houve queda de 3,98%, com a extinção de 117,6 mil postos de trabalho no último mês do ano.
O levantamento da entidade é feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com o SindusCon-SP, todas as regiões brasileiras apresentaram queda no nível de emprego da construção civil. Os piores resultados foram registrados nas regiões Norte e Nordeste, com retrações de 6,45% e 3,98%, respectivamente.
O estado de São Paulo perdeu 23,9 mil vagas em dezembro, queda de 3,08% em relação ao mês anterior. Os números já consideram efeitos sazonais sobre os dados.
O vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, atribuiu a queda nos empregos formais gerados pela construção civil à “falta de confiança mínima para que os agentes econômicos retomem suas decisões de investimento”.
De acordo com os dados mais recentes do Cadastro Nacional de Empregados e Empregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil perdeu mais de 1,5 milhão de postos de trabalho formal em 2015, dos quais mais de 410 mil foram na construção civil.
Os números obtidos pelo SindusCon-SP e pela FGV são mais altos que os do governo porque incluem segmentos da construção civil que não são considerados pelo Caged.