Que o Amazonas é terra gerenciada por…bom, deixa pra lá,todo mundo sabe. Mas que a ditadura policialesca voltou a vigorar no Brasil e que juiz eleitoral pode ser desacatado, essas são novas!
Explica-se: anteontem houve uma oitiva de testemunhas no Tribunal Regional do Amazonas (TRE/AM), ABERTA AO PÚBLICO e presidida pelo juiz Francisco Marques, que deveria ouvir os depoimentos de três testemunhas, todas elas agentes da Polícia Federal que compareceram àquele juízo escoltados pelo também depoente delegado Leon Emerich. Até aí tudo nos conformes.
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O bicho só pegou quando o delegado em questão pulou em cima da jornalista Cynthia Blink, repórter da Rede Diário, e arrebatou o celular da profissional da Imprensa sob a alegação de estar cumprindo “ordem judicial”.
Ato contínuo, como nos bons tempos das ditaduras maoísta-castrista-estalinista, na prática, o delegado do DPF deu uma gloriosa banana e sem dar a mínima satisfação à repórter levou a ferramenta de trabalho dela para, onde, possivelmente, peritos arrancaram seus chips e, após invadirem à privacidade de informações neles contidos, deletaram uma série de arquivos incluindo fotografias tiradas por Cynthia.
Claro que a ação do delegado causou celeuma, mas na hora de se explicar ele saiu pela tangente alegando que a entrega do aparelho fora “consensual”. Comportamento típico de vacilão que tenta esconder o próprio vacilo, pois no tribunal, o delegado, extrapolando não só à própria autoridade, mas a do juiz, acossou à repórter, que não teve outro remédio senão abrir as mãos e entregar o celular.
Moral da estória: Possivelmente as próximas sessões de passarão a ser presididas por delegados do DPF e se houver juízes nesses recintos serão apenas pra cumprir tabela, pois quem manda aqui é quem grita mais.
No caso, o “judicioso” delegado do DPF.
