O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, foi ao Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (04/04), discutir com o ministro Nelson Barbosa a situação financeira da estatal. Segundo ele, a principal questão a ser debatida é quais mecanismos podem ser utilizados para se realizar aportes financeiros às distribuidoras de energia do grupo Eletrobras.
“Um dos mecanismos pode ser a antecipação de formação de capital por parte da Eletrobras ou ainda a utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para amortização de dívidas dessas companhias com a Petrobras”, disse Braga ao chegar ao Ministério da Fazenda.
Questionado sobre a redução da capitalização da Eletrobras, prevista originalmente em R$ 5,9 bilhões, para apenas R$ 1 bilhão, o ministro disse que é preciso esperar o pagamento da segunda parcela das outorgas pelas 29 usinas leiloadas pelo governo em novembro do ano passado. No total, o leilão rendeu R$ 17 bilhões para o governo, dos quais R$ 11,05 bilhões já foram incorporados ao caixa do Tesouro e os R$ 5,95 bilhões restantes serão pagos até o fim do primeiro semestre deste ano. Segundo Braga, apesar do orçamento do MME após os contingenciamentos anunciados pelo governo só prever R$ 1 bilhão em repasse para a Eletrobras, os demais recursos podem ser direcionados para a estatal no segundo semestre através de um descontingenciamento pela Fazenda.
APOIO À PRESIDENTE DILMA
À espera de uma decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para poder assumir o governo do Estado do Amazonas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que continua trabalhando no governo e apoiando a presidente Dilma Rousseff. Apesar de seu partido PMDB ter orientado os ministros a deixarem os cargos, Braga disse que não está pressionado a deixar a Pasta.
“O Brasil precisa de soluções e eu sou um soldado que estou à disposição do País para servir com dedicação”, disse Braga ao chegar ao Ministério da Fazenda para reunião com o ministro Nelson Barbosa.