Mais cedo, a CCJ recusara por maioria de 40 deputados o relatório pela continuidade do processo, de autoria do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ). Desta forma, um novo relator foi escolhido para elaborar mais um documento: só que favorável a Temer e contrário ao prosseguimento da denúncia contra o presidente.
Imediatamente após a primeira votação, o deputado Paulo Abi-Ackel apresentou seu texto alternativo, que já estava pronto. Muito ligado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, como Temer, foi alvo das delações de dirigentes da JBS, o novo relator fez uma leitura rápida do documento contra a admissibilidade das denúncias.
O resultado põe fim à análise pela CCJ. Agora, a decisão de dar ou não prosseguimento às investigações será responsabilidade do conjunto de 513 deputados federais, em votação no Plenário da Casa. Os parlamentares terão que atestar ou rejeitar a conclusão final da Comissão de Constituição de Justiça.
A base governista pressionava para encerrar a tramitação do caso ainda nesta semana, com a apreciação em Plenário nesta sexta (14). Integrantes da “tropa de choque” do Planalto chegaram a ventilar a possibilidade de adiar o início do recesso parlamentar, marcado para segunda (17), mas o mais provável é que a votação fique para a próxima semana. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já até reservou o Plenário para a próxima segunda-feira. Mas ainda não há confirmação sobre essa agenda.