“Estou sob sigilo”, diz ator que gravou vídeo de apologia ao golpe militar divulgado pela Presidência

O artista que encarna o ardoroso defensor do golpe militar de 1964 em vídeo divulgado pela Presidência da República no último domingo (31) está impedido desde ontem, segundo ele mesmo, de se pronunciar sobre o assunto até que os responsáveis pela gravação se manifestem. “Estou sob sigilo. Não posso falar nada. O meu negócio era gravar um texto”, disse ao Congresso em Foco o ator Paulo Amaral. “Me pediram para aguardar um ou dois dias. Eles devem falar sobre o assunto até amanhã”, acrescentou, sem nominar quem o contratou.

No vídeo, divulgado em rede social pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, ele diz que os militares salvaram o Brasil de uma ameaça comunista. A gravação foi reproduzida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. O Palácio do Planalto não respondeu, até o momento, quem foi o responsável pela divulgação do vídeo nem quem o produziu. O único a se manifestar sobre o assunto foi o vice-presidente Hamilton Mourão, que atribuiu a Jair Bolsonaro a divulgação do vídeo: “Decisão do presidente”.

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