Sete pessoas morrem no PS 28 de Agosto por falta de antibióticos usados no tratamento das principais infecções

O Pronto-Socorro 28 de Agosto continua mergulhado em profundas, tenebrosas e perigosas crises – muitas crises, digamos assim. A começar pela falta de gestão do governo e de seus auxiliares diretos.

Há três semanas, por exemplo, importantes antibióticos usados no tratamento das principais infecções, como Choque Séptico, chamado, também, de Infecção Generalizada,
Pneumonia Grave, Peritonite, Meningite, entre outras, estão em falta, desapareceram das prateleiras da dispensação do PS.

A denúncia é grave, ela é feita por médicos da própria instituição de saúde, que afirmam que, neste período ao menos sete pessoas morreram por falta dos antibióticos.

Ertapenem, Meropenem, Imipenem, Ampicilina/Subactam, Piperacilina/Tozaboctam e Cefepima fazem parte da lista de antibióticos que deixaram de existir no PS 28 de Agosto.

“Se a Vigilância Sanitária fizesse o trabalho dela haveria responsabilização pelas mortes”, comenta um médico, referindo-se, objetivamente, ao diretor do PS. “Importante salientar a causa mortis que quase sempre são subnotificadas, o que implica afirma que, nesse período de três semanas, mais pessoas podem ter morrido com infecção”, completa.

O outro lado

A direção do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto afirma que a denúncia não procede.
A unidade foi recebida, em janeiro, pela nova gestão, com estoque crítico e vem trabalhando sem medir esforços para a regularização do abastecimento dos itens essenciais ao seu funcionamento.
De todos os medicamentos citados na reportagem, apenas 01 (um) deles – ampicilina+subactam – está em falta, mas sem prejuízo aos pacientes. A Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) informou que a medicação já foi adquirida com previsão de chegada para esta sexta-feira (05/04).
A direção afirma que não há nenhuma reclamação registrada na administração e tão pouco na ouvidoria deste hospital sobre óbitos por falta de medicamentos.

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