O ex-BBB Marcos Härter chegou à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam – Jacarepaguá), no fim da manhã desta quarta-feira, acompanhado de três seguranças, da irmã, Caroline Härter, e uma assessora da Globo, para prestar depoimento. Ele é acusado de lesão corporal contra Emilly Araújo, sua namorada dentro do “Big Brother Brasil 17”. Por conta disso, o médico foi expulso do programa dias antes da final, que acontece nesta quinta-feira (13).
Visivelmente mais magro, o cirurgião estava sendo aguardado para chegar ao local para prestar depoimento à delegada Viviane da Costa, às 11h30. No entanto, a chegada aconteceu meia hora antes. Ele preferiu se manter calado.
Inicialmente calmo e apaziguador, Marcos foi se mostrando agressivo no tratamento com alguns confinados, principalmente com Emilly, com quem convivia mais intensamente. A expulsão dele foi anunciada pelo apresentador do programa Tiago Leifert na noite de segunda-feira (9), após mais um ataque de nervos, na noite anterior. Já fora da casa, ele fez um desabafo no Instagram se defendendo: “Jamais tive a intenção de agredi-lá”.
A diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher do Rio (Deam), Marcia Noeli Barreto, afirmou, na ocasião do anúncio a abertura do inquérito, que o caso não poderia ficar sem apuração.
“A tortura psicológica que ele pratica é considerada violência doméstica, se enquadra na Lei Maria da Penha. É assim que tudo se inicia. Ele não a ameaçou de morte, por exemplo, mas houve constrangimento tão forte, que ela ficou acuada — Somente ela pode registrar o caso numa situação como essa. Mas, se houver agressão física, qualquer pessoa pode intervir com o registro em qualquer delegacia. Muitas mulheres não registram porque não têm consciência de que são vítimas desse tipo de violência. Uma relação como essa não tem amor. Não pode ser amor. Encostar na parede, constranger e depois dizer que ama é o início de uma situação mais grave ainda. Se não interromper, pode ter certeza que fica cada vez pior”, disse.