Um clube partido. Assim é o Vasco desde que Eurico Brandão, o Euriquinho, filho do presidente Eurico Miranda, foi comendo pelas beiradas até assumir as rédeas do futebol profissional.
Conseguiu dividir a cúpula, formada por fiéis escudeiros de seu pai, e, também, despertar ciúmes nos jogadores, graças à amizade com o zagueiro Rodrigo, tão protegido pela família Miranda que teve o contrato renovado por dois anos após a briga com Fred, do Fluminense.
Aos 34 anos e já com boa rodagem, Rodrigo deixou um rastro de desafetos por onde passou. No São Paulo, tinha o irônico apelido de “Humildade”. No Goiás, seus companheiros chamavam-no de “Pelé”. E, hoje, é conhecido no Vasco como “X-9”, por ser considerado o “leva e traz” da diretoria.
Se Rodrigo não tem a confiança dos colegas de campo e bola, o mesmo ocorre com Euriquinho no departamento de futebol. O filho do presidente inibe dirigentes mais experientes, com poder cada vez mais reduzido, indica contratações e coloca-se à frente da maioria das negociações.
Resumindo: Eurico Miranda ama Euriquinho, que ama Rodrigo, que não ama ninguém. E a recíproca é tão verdadeira quanto a possibilidade de o Vasco naufragar mais uma vez no Campeonato Brasileiro.