A segurança pública no Estado do Amazonas, com tanto escândalo a corroer as engrenagens do sistema, entregues nas mãos de policiais envolvidos, inclusive, com o crime organizado, não poderia ser diferente diante da criminalidade e da violência que cresce descontroladamente e com voracidade na gestão Omar-Melo.
O Ronda no Bairro, por exemplo, além de ter nascido com vários erros de origem e sob forte suspeição, é comandada por um coronel que é réu no caso “Fred” e acusado de pertencer a um grupo de extermínio.
O coronel é Raimundo Rooselvet da Conceição, nomeado pelo governador José Melo para o Ronda no Bairro.
O que mais impressiona, entretanto, não é ficha pra lá de comprometida para o exercício do serviço público de Roosevelt, mas a cumplicidade do governador com a quebradeira do sistema de segurança no estado.
Senão vejamos. O genro do governador, major PM Heriberto da Silva Correa, foi denunciado pelo Ministério Público, com base no Código Penal Militar, artigo 319, por utilizar viaturas e policiais da corporação policial militar em benefício próprio.
Na condição de genro do atual governador, o major da Polícia Militar, Heriberto da Silva Corea, realizava serviço de segurança particular ao estaleiro Erin e por mais absurdo que possa parecer enquanto estava de serviço.
Detalhe: o genro do governador, além de contrariar preceitos constitucionais, que proibe militar tomar posse em emprego público civil permanente ou empregar-se na área privado, usava, como já foi dito, o aparato público do policiamento ostensivo para garantir segurança ao estaleiro.
E o governador, o que fez para coibir ou conter os arroubos de seu genro e comandado? O que fez de concreto para tirar das mãos de seu genro o aparato policial usado para dar segurança ao estaleiro?
A resposta, evidentemente, é nada. Por isso, a segurança está como está: quebrada, sem controle, mergulhada no caos.
De acordo com as peças do processo, os policiais recebiam de R$ 100,00 por viatura e R$ 50,00 por policial, pagamento feito pelo major Correa e entregue ao campitão Humberto, que recebia, ainda, em torno de R$ 250,00 e R$ 300,00.
A denúncia foi oferedida pela promotora Maria Piedade Queiroz.