“Golpe do Prosamim” irrita morador de Manacapuru que colocou à venda terreno no local da obra

No final de 2008, ano de disputa eleitoral – e porque não de sujeira ou bandalheira eleitoral -, o então prefeito de Manacapuru, Washington Régis (PMDB), no desespero de eleger Edson Bessa (PMDB), prometeu construir 95 apartamentos que seriam distribuídos às pessoas que moravam em área de alagado.

A barganha eleitoral deu certo e Régis, como prometido, “iniciou de imediato a obra” – uma espécie de maquiagem que custou aos cofres públicos R$ 4 milhões.

E a obra? A obra? Pois muito bem, a obra não passou de umas tantas carradas de barro jogadas no local para eneganar o eleitor engado e nada mais.

Edson Bessa, até ser cassado por três vezes por prática de crime eleitoral, ficou com o pepino na mão, mas os cofres municipais já estavam vazios, secos que nem a caatinga do nordeste na mais desvairada seca para prosseguir com projeto denominado “Prosamim de Manacapuru”.

Em 2011, Régis volta aos palanques com a mesma promessa só que desta feita com ofito de concluir a obra que esvaziou os cofres da prefeitura. E mais uma vez deu certo.

Dez meses depois nada de apartamento. Régis renuncia para assumir uma vaga de deputado e garantir uma aposentadoria por invalidez.

Conclusão: Régis, que em 2008 “desapropriou” a área ocupada por quase uma centena de famílias sem qualquer indenização, se elegeu prefeito pela segunda vez, deu no pé mala cuia, deixando o povo a ver navios.

Agora, sem eira nem beira e sem os apartamentos prometidos, o povo se deu conta de que caiu por duas vezes no “conta da casa própria”.

E para recuperar o tempo perdido com a enrolação e as falsas promessas, a primeira vítima, de nome Amarildo, do Prosamim decidiu vender o pedaço de terra onde vivia com a família antes do fantasioso conto do Prosamim.

A placa foi colocada no local nesta sexta-feira. Os interessados – Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, Caixa Econômica, etc. – podem procurar o proprietário da terra, invadida pela prefeitura em 2008, pelo telefone 9185-7348.

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