Quinta-feira, 18, mais uma das tantas do governo José Melo agita a Agência de Comunicação do Governo (Agecom) e deixa a sua chefe, a jornalista Lúcia Carla da Gama Rodrigues, em polvorosa.
Por meio de um ofício-circular, número 314/2014, Lúcia Carla mandou, em caráter e urgência, que todos os órgãos do governo retirassem do ar os seus sites, mesmo reconhecendo que os mesmos contêm informações de interesse da população, deixando claro que isso pode acarretar prejuízos para o cidadão.
Como devemos analisar uma decisão do governo Zé Melo de retirar do ar TODOS os sites Institucionais do Governo do Amazonas supostamente para evitar reprimendas por parte da Justiça Eleitoral?
Das duas, uma: ou o governo “perdeu o controle” sobre o conteúdo do que estavam publicando os secretários do governo – se é que algum dia o governo teve esse controle de alguma coisa -, e por isso teme que seja alcançado pela “longa manus” da Justiça Eleitoral; ou por outra, justamente por saber muito bem o que se passa nessa área, o governo achou por bem – com o mesmo objetivo de não ser alcançado pela Justiça – mandar retirar do ar a propaganda nada, nada “institucional” que por lá se praticava em detrimento de um mínimo de pudor no trato da coisa pública e numa atitude de completo desprezo pela Justiça Eleitoral.
Esse fato demonstra o nível de anomia em que chafurda o “governo” Melo.
O cidadão, que não tem nada a ver com as trapalhadas do governo é quem paga o pato.
O Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Papa, sabe-se lá mais quem, deveriam ingressar com uma medida judicial para deter essa medida, pois o princípio da Administração de “continuidade dos serviços públicos” não pode privar o cidadão de acessar por meio da Internet, hoje o meio mais rápido de se resolver uma penca de problemas, em razão de “precauções” do governo. Isso nada mais é do que incompetência ou má fé, ou as duas coisas.
Talvez ainda tenha a cara-de-pau de pôr a culpa na oposição… É o fim da picada.