A morte de uma garota de oito anos no Iêmen, após a lua de mel com seu marido de 40 anos, movimenta ativistas e parte da comunidade internacional. Rawan foi vendida por seu padrasto por um saudita por cerca de R$ 6 mil e, no último sábado (7), morreu por conta de ferimentos internos no útero.
Ativistas de direitos humanos agora pedem que a família de Rawan e seu marido, que não teve o nome revelado, sejam responsabilizados e punidos pela morte da garota. Há também o pedido de que os países do Oriente Médio criem leis que proíbam o casamento de menores de 18 anos.
A mudança nas leis foi proposta em 2009, mas rejeitada pela ala conservadora dos parlamentares da Arábia Saudita, que julgaram a proposta como “não islâmica”. Um ano depois, uma menina de 13 anos morreu após cinco dias de sangramento interno causados também após relações sexuais com seu marido, fruto de um casamento comprado.
Em entrevista ao jornal alemão Der Tagesspiegel, um ativista considerou o fato como “horrível e cruel”.