A Prefeitura de Envira (AM), através do Contrato 07/13, firmado com a Secretaria Estadual de Infra-estrutura (Seinfra), no valor de R$ 11.843.358,87, deveria realizar obras de recuperação do sistema viário do município no decorrer de 2015.
Não foi o que aconteceu. Somente partes das Avenidas Joaquim Borba, Renê Levy, Dias Martins, 31 de Março e 200 metros da Avenida Vereador Chagas Mattos, receberam asfalto. As demais se encontram em precário estado de conservação.
Um contrato exorbitante dado à Empresa ENGEPAV, que abandonou as obras e com elas os seus respectivos maquinários sucateados, como pode ser comprovado nas fotos, não trouxe qualquer benefício à população.
Hoje, sem as mínimas condições de operacionalização, as máquinas da Engepav viraram em depósito de reprodução do mosquito Anopheles.
É perceptível que nos locais onde foram abandonadas as máquinas da Engepav são propícios à disseminação de doenças. Mesmo assim, nem a Empresa responsável pelas máquinas, tampouco a própria administração municipal não têm esboçado qualquer gesto para diminuir os riscos.
Não bastassem a má qualidade do serviço iniciado na cidade, os tanques aquecedores de asfalto abandonados pela empresa contratada viraram abrigos de jacaré.
Pior, diariamente crianças são vistas no local sujeitas não só a possíveis ataques de ferozes jacarés, mas também a picadas de mosquitos transmissores de doenças, como a dengue, por exemplo.
Em Envira, o descaso e a falta de compromisso com os interesses da população, além da absoluta ausência de espírito público dos dirigentes locais, transformaram a rotina da cidade em verdadeiro caos.
Nem mesmo o Centro Cultural do Município, localizado ao lado da Câmara de vereadores, escapou da confusão administrativa da atual gestão municipal. Devido as precárias coedições de conservação, o prédio está seriamente ameaçado de desabar.
Mesmo assim, muitas pessoas ainda o procuram, principalmente, para o consumo de bebidas e de drogas. Envira está vivendo uma verdadeira epidemia de drogas e as autoridades não conseguem ou não querem fazer algo para diminuir tal situação.
É triste saber que um povo pacato e hospitaleiro, que confiaram nos administradores do Município estão correndo o risco de uma epidemia de malária e outras doenças por conta da irresponsabilidade da Administração Municipal.
Cansada de esperar por uma ação mais efetiva do poder público, a população pretende se mobilizar, como o apoio de alguns vereadores do município e recorrer ao Ministério Público para que faça prevalecer a prestação de serviços de saúde pública que o município de nega a praticar, como campanhas de limpeza pública, por exemplo.
Segundo informações chegadas à redação do Repórter, as drogas já estão atingindo até crianças de 10 anos e ninguém faz nada para impedir que as mesmas sejam dominadas pelo consumo.